Prefeito afastado, Elmir Lima Mota
(Foto: Reprodução/TV Amazonas)
(Foto: Reprodução/TV Amazonas)
A Câmara Municipal de Boa Vista do Ramos, a 270 quilômetros de Manaus, decidiu em sessão extraordinária na manhã desta terça-feira (20), pelo afastamento do prefeito do município, Elmir Lima Mota, e do vice, Glauciomar Corrêa Pimentel. Elmir está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) por suposto pagamento de R$ 100 mil para que um vereador do município renunciasse ao cargo. O vice também está sendo investigado pelo MPE/AM.
A votação que decidiu pelo afastamento contou com a participação de cinco vereadores da oposição. Nenhum da situação compareceu. Por cinco votos, prefeito e vice estarão afastados das funções pelos próximos 90 dias.
Nesse período, assume o atual presidente da Câmara Municipal de Boa Vista do Ramos, vereador Marlon Trindade (PT).
Durante entrevista ao G1, o novo prefeito afirmou que vai exonerar o atual secretariado e nomear novos titulares. "Queremos fazer uma gestão que priorize serviços de saúde e educação. O município precisa pois muitas áreas estão com problemas. Está faltando médico na cidade", relatou.
O G1 tentou contato com o prefeito e vice afastados para falarem sobre a decisão da Câmara Municipal de Boa Vista do Ramos, mas não obteve sucesso.
Na semana passada, o prefeito concedeu entrevista à TV Amazonas e informou que um dos vídeos investigados foi feito por ele para provar que estava sendo extorquido pelos vereadores. "Eles queriam R$ 200 mil para não me afastarem. Eles me afastaram nove vezes, sempre me pediram dinheiro e eu nunca dei. Desta vez, como nós precisávamos de uma prova de que estavam nos extorquindo, pedimos orientações jurídicas e policiais e fomos orientados a documentar", declarou.
O coordenador do Centro Operacional de Combate ao Crime Organizado do MPE/AM, promotor Fábio Monteiro, informou que o vídeo será periciado para se verificar a autenticidade e encaminhado à Procuradoria Geral.
O coordenador do Centro Operacional de Combate ao Crime Organizado do MPE/AM, promotor Fábio Monteiro, informou que o vídeo será periciado para se verificar a autenticidade e encaminhado à Procuradoria Geral.
"Nós constatamos também, e é algo que o vídeo passado para nós também confirma, depoimento de várias pessoas, em que o prefeito faz o pagamento dos servidores públicos municipais em dinheiro, em espécie, dentro da própria Prefeitura ou seja, eles não abrem contas. Apesar do município não ter uma quantidade grande de agências bancárias, isso não justifica essa metodologia", disse.
Fonte: Do G1 AM
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