Chegada do verão deve agravar estiagem no Estado
Crédito: Maristela Amaro / Especial CP
Crédito: Maristela Amaro / Especial CP
O verão, que começou oficialmente às 3h30m desta quinta-feira, já teve início do ponto de vista climático com altas temperaturas e chuvas irregulares em dezembro. A estação será influenciada pelo La Niña, que se caracteriza pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico. O fenômeno tem intensidade menor que no último verão, mas a diminuição da chuva será maior em relação a 2010 devido ao posicionamento das águas frias na região equatorial do Pacífico.
O La Niña tende a trazer chuva mais irregular e acentuar o risco de estiagem no Estado, segundo a MetSul Meteorologia. A tendência é de que as precipitações sigam irregulares no Rio Grande do Sul com agravamento da estiagem em algumas regiões gaúchas, onde o cenário deve ser de baixa ainda maior dos níveis dos rios, alto risco de incêndios em vegetação e escassez de água para consumo humano e animal.
O risco maior de estiagem se dará em pontos do Oeste e Sudoeste gaúcho, já no Norte e no Nordeste do Estado os volumes de chuva devem ser maiores, mas mesmo assim irregulares. As áreas sob déficit hídrico podem voltar a se ampliar no território gaúcho na segunda metade do verão. Episódios pontuais podem provocar elevados acumulados de chuva localizados, muitas vezes associados a fortes temporais, não raro sendo observados extremos de precipitação durante no Leste, seja em conseqüência de ciclones ou áreas de baixa pressão.
O regime de chuva no verão é diferente do inverno. As frentes frias passam pelo Estado com menor freqüência e mais pela costa. Ocorrem as tradicionais pancadas de chuva da tarde para a noite, em regra localizadas, provocadas pelo calor e pela umidade. Nos dias mais quentes, não é rara a chuva vir acompanhada de temporais isolados com vento forte e granizo. Em casos excepcionais, até tornados podem ser registrados. Segue o risco acima da média de granizo.
Estatística de chuva
A análise estatística da MetSul Meteorologia revela que verões que foram precedidos por meses de novembro e dezembro de pouca chuva no Rio Grande do Sul, como o atual, tiveram aumento da precipitação em pelo menos um mês da estação em parte do Estado, em alguns casos em janeiro e em outros em fevereiro, em algumas áreas até nos dois meses.
São os casos dos verões de 1956/1957, 1985/1985, 1995/1996, 2005/2006 e 2008/2009, todos considerados análogos pela MetSul para o período 2011/2012. Em 2012, a chuva já pode ter um aumento em algumas áreas do Estado na comparação com novembro e dezembro, atenuando de forma regionalizada o déficit hídrico.
A tendência maior é de temperatura próxima da média com períodos de marcas abaixo das normais históricas, especialmente em áreas mais a Leste do Estado. Isso não significa, contudo, ausência de calor. Períodos secos no verão tendem a ser acompanhados de ondas de calor, muitas vezes de forte intensidade. Os recordes históricos de calor do Rio Grande do Sul de 1917 e 1943 se deram durante severas estiagens. Pelo menos duas ondas de calor podem ser de forte intensidade em janeiro. Na Metade Oeste do Estado, o verão deve ser mais quente com muitos dias de calor excessivo em que as máximas ficarão entre 35ºC e 40ºC.
Com o fenômeno La Niña, aumenta no verão a freqüência de dias com marcas mais amenas, havendo casos até de madrugadas frias no Sul gaúcho e na Serra. O risco é maior para o arroz plantado no Sul gaúcho, já que madrugadas de temperatura baixa prejudicam a cultura nesta época do ano.
Haverá dias de águas límpidas e quentes no Litoral Norte durante o verão, mas em número menor que em 2010 e 2011, uma vez que nos últimos dois veraneios o Atlântico Sul apresentou o maior aquecimento de suas águas desde 1973/1974 com forte influência da Corrente do Brasil que traz águas mais quentes de Norte, reduzindo a influência da Corrente das Malvinas (fria). O Nordestão que soprou muito menos que o normal nas temporadas de 2010 e 2011, com dias muito abafados pelo mar muito aquecido na costa, deverá incomodar um pouco mais em 2012.
Pesquisa da MetSul indica que em anos de La Niña, especialmente durante períodos secos, há um aumento do risco de ciclones subtropicais e tropicais na costa gaúcha, já que a divergência de vento na atmosfera diminui. Ciclones subtropicais podem atuar durante vários dias junto ao Leste do Rio Grande do Sul com extremos de precipitação localizados.
Previsão do tempo
O primeiro dia do verão será marcado pelo forte calor em todo o Rio Grande do Sul. Máximas ao redor de 40°C são projetadas em diversos pontos, principalmente no Centro e no Noroeste. Pontos isolados podem ter chuvas e temporais da tarde para a noite.
O La Niña tende a trazer chuva mais irregular e acentuar o risco de estiagem no Estado, segundo a MetSul Meteorologia. A tendência é de que as precipitações sigam irregulares no Rio Grande do Sul com agravamento da estiagem em algumas regiões gaúchas, onde o cenário deve ser de baixa ainda maior dos níveis dos rios, alto risco de incêndios em vegetação e escassez de água para consumo humano e animal.
O risco maior de estiagem se dará em pontos do Oeste e Sudoeste gaúcho, já no Norte e no Nordeste do Estado os volumes de chuva devem ser maiores, mas mesmo assim irregulares. As áreas sob déficit hídrico podem voltar a se ampliar no território gaúcho na segunda metade do verão. Episódios pontuais podem provocar elevados acumulados de chuva localizados, muitas vezes associados a fortes temporais, não raro sendo observados extremos de precipitação durante no Leste, seja em conseqüência de ciclones ou áreas de baixa pressão.
O regime de chuva no verão é diferente do inverno. As frentes frias passam pelo Estado com menor freqüência e mais pela costa. Ocorrem as tradicionais pancadas de chuva da tarde para a noite, em regra localizadas, provocadas pelo calor e pela umidade. Nos dias mais quentes, não é rara a chuva vir acompanhada de temporais isolados com vento forte e granizo. Em casos excepcionais, até tornados podem ser registrados. Segue o risco acima da média de granizo.
Estatística de chuva
A análise estatística da MetSul Meteorologia revela que verões que foram precedidos por meses de novembro e dezembro de pouca chuva no Rio Grande do Sul, como o atual, tiveram aumento da precipitação em pelo menos um mês da estação em parte do Estado, em alguns casos em janeiro e em outros em fevereiro, em algumas áreas até nos dois meses.
São os casos dos verões de 1956/1957, 1985/1985, 1995/1996, 2005/2006 e 2008/2009, todos considerados análogos pela MetSul para o período 2011/2012. Em 2012, a chuva já pode ter um aumento em algumas áreas do Estado na comparação com novembro e dezembro, atenuando de forma regionalizada o déficit hídrico.
A tendência maior é de temperatura próxima da média com períodos de marcas abaixo das normais históricas, especialmente em áreas mais a Leste do Estado. Isso não significa, contudo, ausência de calor. Períodos secos no verão tendem a ser acompanhados de ondas de calor, muitas vezes de forte intensidade. Os recordes históricos de calor do Rio Grande do Sul de 1917 e 1943 se deram durante severas estiagens. Pelo menos duas ondas de calor podem ser de forte intensidade em janeiro. Na Metade Oeste do Estado, o verão deve ser mais quente com muitos dias de calor excessivo em que as máximas ficarão entre 35ºC e 40ºC.
Com o fenômeno La Niña, aumenta no verão a freqüência de dias com marcas mais amenas, havendo casos até de madrugadas frias no Sul gaúcho e na Serra. O risco é maior para o arroz plantado no Sul gaúcho, já que madrugadas de temperatura baixa prejudicam a cultura nesta época do ano.
Haverá dias de águas límpidas e quentes no Litoral Norte durante o verão, mas em número menor que em 2010 e 2011, uma vez que nos últimos dois veraneios o Atlântico Sul apresentou o maior aquecimento de suas águas desde 1973/1974 com forte influência da Corrente do Brasil que traz águas mais quentes de Norte, reduzindo a influência da Corrente das Malvinas (fria). O Nordestão que soprou muito menos que o normal nas temporadas de 2010 e 2011, com dias muito abafados pelo mar muito aquecido na costa, deverá incomodar um pouco mais em 2012.
Pesquisa da MetSul indica que em anos de La Niña, especialmente durante períodos secos, há um aumento do risco de ciclones subtropicais e tropicais na costa gaúcha, já que a divergência de vento na atmosfera diminui. Ciclones subtropicais podem atuar durante vários dias junto ao Leste do Rio Grande do Sul com extremos de precipitação localizados.
Previsão do tempo
O primeiro dia do verão será marcado pelo forte calor em todo o Rio Grande do Sul. Máximas ao redor de 40°C são projetadas em diversos pontos, principalmente no Centro e no Noroeste. Pontos isolados podem ter chuvas e temporais da tarde para a noite.
Fonte: METSUL
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