O incêndio que destruiu parte da Favela do Moinho e um prédio abandonado na região central de São Paulo deixou 380 famílias desabrigadas, segundo balanço da Prefeitura. A administração municipal montou três abrigos para os moradores, mas pouca gente quis deixar a favela.
No terreno restou apenas cinzas e parte das casas de madeira. Nesta manhã, moradores buscavam nos escombros por seus pertences. Durante a noite desta quinta-feira (22), ainda havia fumaça. O fogo destruiu pelo menos metade dos barracos da Favela do Moinho. A Defesa Civil cadastrou 1,5 mil pessoas e disponibilizou abrigos para que elas passassem a noite, mas menos de 20 pessoas aceitaram a ajuda.
A dona de casa Lúcia Bonfim Rocha foi uma delas. Com a filha e os netos pequenos, ela não tinha onde passar a noite. “Pelo menos as crianças estão seguras, nós também. Elas tomaram banho, estamos bem”, afirmou.
Nos abrigos são entregues cestas básicas, produtos de higiene e colchões. “Têm ônibus a disposição a qualquer momento que as pessoas queiram se dirigir aqui para o local. Aqui tem segurança, aqui tem sanitários, local que as pessoas podem ser atendidas”, afirmou Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil da cidade.
Mas a maioria das pessoa não quis sair do entorno da favela. “Se a gente sair daqui é que a Prefeitura abandona a gente. Tem que ficar, para a Prefeitura ver que não estamos abandonando o lugar da gente”, disse a desempregada Cátia Godoi.
A escola de samba Camisa Verde e Branco está recebendo doações para os desabrigados. O endereço é Rua James Holland, 663, Bom Retiro.
Fonte: Do G1 SP
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