Documento diz que obras não são conquistas dos brasileiros
Em 2014 e 2016, o Brasil sediará os maiores e mais importantes eventos esportivos, mas até torcedores assumidamente apaixonados demonstram a preocupação para com os efeitos disso. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são motivo de críticas e mobilizações por parte dos movimentos sociais.
Através do dossiê “Mega-eventos e violações de Direitos Humanos no Brasil”, preparado pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e das Olimpíadas, foram relatadas denúncias de violações de direitos, além de um quadro completo de acompanhamento das obras para a copa do mundo, incluindo custos previstos, valores licitados e o andamento das obras até o momento.
Não são poucos os protestos e manifestações contrárias às imposições que as obras da Copa realizam à maior parte da população brasileira. Segundo estimativas, hoje 170 mil pessoas têm seu direito à moradia violado ou ameaçado pelos mega-eventos que estão por vir, em especial a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Chega ao número de 21 casos, até início de dezembro, de vilas e favelas nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo que foram desocupadas. Até o momento 2092 pessoas teriam sido despejadas.
“(São) estratégias de guerra e perseguição, como a marcação de casas a tinta sem esclarecimentos, a invasão de domicílios sem mandados judiciais, a apropriação indevida e destruição de bens móveis, a terceirização da violência verbal contra os moradores, as ameaças à integridade física e aos direitos fundamentais das famílias, o corte dos serviços públicos ou a demolição e o abandono dos escombros de uma em cada três casas subseqüentes, para que toda e qualquer família tenha como vizinho o cenário de terror”, diz o dossiê.
A situação precária de quem está trabalhando nas obras também é denunciada pelo documento, que contabiliza, até novembro de 2011, pelo menos dez paralisações em seis dos doze estádios que serão usados para a Copa. Aumento salarial, plano de saúde, auxílio alimentação e o aumento do pagamento para horas-extras estão entre as principais reivindicações.
Através do dossiê “Mega-eventos e violações de Direitos Humanos no Brasil”, preparado pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e das Olimpíadas, foram relatadas denúncias de violações de direitos, além de um quadro completo de acompanhamento das obras para a copa do mundo, incluindo custos previstos, valores licitados e o andamento das obras até o momento.
Não são poucos os protestos e manifestações contrárias às imposições que as obras da Copa realizam à maior parte da população brasileira. Segundo estimativas, hoje 170 mil pessoas têm seu direito à moradia violado ou ameaçado pelos mega-eventos que estão por vir, em especial a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Chega ao número de 21 casos, até início de dezembro, de vilas e favelas nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo que foram desocupadas. Até o momento 2092 pessoas teriam sido despejadas.
“(São) estratégias de guerra e perseguição, como a marcação de casas a tinta sem esclarecimentos, a invasão de domicílios sem mandados judiciais, a apropriação indevida e destruição de bens móveis, a terceirização da violência verbal contra os moradores, as ameaças à integridade física e aos direitos fundamentais das famílias, o corte dos serviços públicos ou a demolição e o abandono dos escombros de uma em cada três casas subseqüentes, para que toda e qualquer família tenha como vizinho o cenário de terror”, diz o dossiê.
A situação precária de quem está trabalhando nas obras também é denunciada pelo documento, que contabiliza, até novembro de 2011, pelo menos dez paralisações em seis dos doze estádios que serão usados para a Copa. Aumento salarial, plano de saúde, auxílio alimentação e o aumento do pagamento para horas-extras estão entre as principais reivindicações.
O legado dos mega-eventos
A gritante maioria da população brasileira não participa das decisões acerca da Copa e das Olimpíadas, porém sentirá seus efeitos não somente antes e durante a realização dos eventos, mas após seu término. Os comitês populares afirmam que as obras não contribuem, ainda que minimamente, para a inclusão social e a ampliação de direitos sociais, econômicos, culturais e ambientais.
A estimativa é de que, até o início dos eventos, aumente consideravelmente o número de condomínios de luxo e centros empresariais, os quais exigem a erradicação de áreas marginalizadas ao seu redor e atropelam comunidades para que consigam expandir.
Fonte: Agência Pública
Ilustração: Rafael Balbueno
Edição: Bruna Homrich (estagiária) e Fritz Nunes, da SEDUFSM
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