sábado, 3 de setembro de 2011

Protesto contra injustiça social e alto custo de vida reúne 400 mil pessoas em Israel


Mais de 300 mil pessoas se reuniram na noite deste sábado na Praça do Estado, em Tel Aviv - Menahem Kahana / AFP

     Ao menos 400 mil pessoas protestaram na noite deste sábado no centro de Tel Aviv e em outras 15 cidades do país contra a "injustiça social" e o alto custo de vida em Israel, segundo a imprensa israelense. Os três canais de televisão estimaram que o número de manifestantes superou o registrado no grande movimento de 6 de agosto passado, quando 300 mil pessoas protagonizaram o maior protesto social da história de Israel.
     O epicentro do protesto deste sábado foi a Praça do Estado, em Tel Aviv, onde se reuniram mais de 300 mil pessoas, segundo as emissoras. Outros 100 mil manifestantes se concentraram em diversas cidades, incluindo 30 mil em Jerusalém, diante da residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e outras 30 mil em Haifa. 
     — Disseram que o movimento estava estancado, mas esta noite provamos o contrário. Nós, novos israelenses, estamos determinados a seguir lutando por uma sociedade mais justa e melhor, mas sabemos que o caminho será longo e difícil —  declarou Itzik Shmuli, um dos líderes do protesto.
     Os manifestantes, na maioria jovens, gritavam: "o povo exige justiça social". 
     — Vamos provar que este movimento não está enterrado, que o povo está disposto a sair às ruas por justiça social, por habitação acessível, por educação e saúde públicas. É preciso manter a pressão sobre Benjamin Netanyahu, não podemos recuar — Stav Shafir, outro líder da manifestação.
     O movimento exige um estado voltado ao bem-estar social e denuncia que nos últimos 20 anos o financiamento público de residências populares quase desapareceu no país, o que disparou os preços do aluguéis, especialmente em Tel Aviv. 
     Netanyahu criou uma comissão para examinar uma série de reformas, mas o movimento teme que seja uma jogada para ganhar tempo e esvaziar os protestos. 

Fonte: ZERO HORA, com informações da AFP

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