sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Blumenau está sem transporte coletivo, com 390 ruas alagadas e 70% da população sem água

 
Em Blumenau, 390 ruas e avenidas estão alagadas, segundo a prefeitura - Gilmar de Souza / Agência RBS

    Castigado pelo excesso de chuvas nos últimos dias, o município de Blumenau, em Santa Catarina, está com os principais serviços interrompidos na manhã desta sexta-feira. A cidade está sem transporte coletivo e com 70% do abastecimento de água comprometido. As informações são do prefeito João Paulo Kleinübing.
     Em entrevista à Rádio Gaúcha, Kleinübing afirmou que o nível do Rio Itajaí-Açu ainda subia pela manhã, porém em velocidade menor — cerca de 2 centímetros por hora. Às 8h30min, estava a 12m50cm acima do nível normal. A previsão é que chegue a 12m60cm por volta do meio-dia.
     — No entanto, segundo a nossa Defesa Civil, a partir deste patamar, a tendência é que se estabilize e comece a descer lentamente — afirma o prefeito.
     De acordo com ele, ao todo, a prefeitura contabiliza 390 ruas e avenidas alagadas — 50 parcialmente ou totalmente interrompidas por queda de barreiras. A principal estação de água, responsável pelo abastecimento de 70% de Blumenau, está com o funcionamento interrompido. Cerca de 15% dos consumidores (70 mil) estão sem energia elétrica.   

Situação começa a se normalizar a partir de domingo

     Se o nível do rio parar de subir a partir da tarde desta sexta-feira, como prevê e Defesa Civil, a situação em Blumenau deve começar a se normalizar no domingo, conforme o prefeito. Kleinübing acredita que serviços como energia elétrica e transporte coletivo sejam regularizados nos próximos dias. O principal problema é o abastecimento de água. 
     — Acredito que a luz seja restabelecida no domingo, assim como a liberação das ruas da cidade. A distribuição de água que é mais complicada, precisa mais tempo, cerca de uma semana. 
     No entanto, para recuperar todos os estragos no município catarinense, o prefeito espera ter acesso a recursos extraordinários, juntos ao governos estadual e federal. No entanto, ele teme a mesma burocracia enfrentada na enchente de 2008 para a liberação de recursos. 
     — A prefeitura não tem como enfrentar sozinha uma situação deste porte. Operamos, normalmente, com 70 equipamos. Para recuperar por completo, precisamos de pelo menos 200 e um mês de trabalho. 
     No município, cerca de 20 mil pessoas foram diretamente atingidas pela chuva, de acordo com levantamento da Defesa Civil. 
     — É uma situação de bem menos gravidade se comparada com 2008, quando havia 3 mil pontos de deslizamentos. Hoje, por exemplo, não temos necessidade em relação a mantimentos, comida. 

Fonte: ZERO HORA

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