Multidão
reunida na praça Tahrir, no Cairo, comemorou as novas medidas
Exército suspende a Constituição e depõe
presidente do Egito (Crédito: Khaled Desouki / AFP / CP)
O chefe das Forças Armadas do Egito, general
Abdel Fatah al-Sisi , anunciou nesta quarta a deposição do presidente egípcio,
Mohamed Mursi, e a suspensão da Constituição do país. Ele será substituído
provisoriamente pelo presidente Corte Constitucional, Adly Mansour. No momento
do comunicado, a multidão reunida na praça Tahrir, no Cairo, comemorou as novas
medidas. O Exército também anunciou a organização de uma eleição presidencial
antecipada.
"Um comitê encarregado de examinar propostas de emendas à Constituição será formado", segundo o general. Além disso, um governo de coalizão reunindo "todas as forças nacionais" e "dotado de plenos poderes" será encarregado de "gerir o período atual" de transição, acrescentou.
Desde domingo, milhares de egípcios exigem a saída de Mursi em manifestações em massa e sem precedentes desde a revolta que derrubou no início de 2011 o presidente Hosni Mubarak. Mursi reagiu denunciando um "total golpe de Estado", que não pode ser aceito "por todos os homens livres de nosso país", em uma mensagem postada no Twitter. Segundo um de seus colaboradores, o presidente também fez um apelo para que todos os egípcios "resistam pacificamente a este golpe".
Golpe militar
Mais cedo, um conselheiro de Mursi já havia denunciado um golpe militar em andamento. O presidente e outros dirigentes islamitas estão proibidos de deixar o país. Funcionários aeroportuários confirmaram que receberam ordens de impedir a saída de dirigentes, incluindo Mursi, do líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e do número dois da confraria, Jairat al Shater.
Na noite de segunda, o Exército deu a Mursi o prazo de 48 horas para que "satisfaça as reivindicações do povo" ou se submeta às medidas para resolver a crise. O presidente rejeitou na noite de terça o ultimato e afirmou que a "legitimidade" é "a única garantia contra o derramamento de sangue".
Os militares egípcios assumiram o Executivo em um polêmico governo interino que durou entre a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e a chegada de Mursi ao poder, em junho de 2012.
Fonte: Correio do Povo e AFP
"Um comitê encarregado de examinar propostas de emendas à Constituição será formado", segundo o general. Além disso, um governo de coalizão reunindo "todas as forças nacionais" e "dotado de plenos poderes" será encarregado de "gerir o período atual" de transição, acrescentou.
Desde domingo, milhares de egípcios exigem a saída de Mursi em manifestações em massa e sem precedentes desde a revolta que derrubou no início de 2011 o presidente Hosni Mubarak. Mursi reagiu denunciando um "total golpe de Estado", que não pode ser aceito "por todos os homens livres de nosso país", em uma mensagem postada no Twitter. Segundo um de seus colaboradores, o presidente também fez um apelo para que todos os egípcios "resistam pacificamente a este golpe".
Golpe militar
Mais cedo, um conselheiro de Mursi já havia denunciado um golpe militar em andamento. O presidente e outros dirigentes islamitas estão proibidos de deixar o país. Funcionários aeroportuários confirmaram que receberam ordens de impedir a saída de dirigentes, incluindo Mursi, do líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e do número dois da confraria, Jairat al Shater.
Na noite de segunda, o Exército deu a Mursi o prazo de 48 horas para que "satisfaça as reivindicações do povo" ou se submeta às medidas para resolver a crise. O presidente rejeitou na noite de terça o ultimato e afirmou que a "legitimidade" é "a única garantia contra o derramamento de sangue".
Os militares egípcios assumiram o Executivo em um polêmico governo interino que durou entre a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e a chegada de Mursi ao poder, em junho de 2012.
Fonte: Correio do Povo e AFP
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