Ellen confessou que usou faca e serrote para cortar marido. Foto: Reprodução
A esposa do policial
militar Rodrigo Federizzi confessou o crime na tarde desta segunda-feira (15)
aos investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contou
detalhes sobre a morte do marido. Ellen Homiak Federezzi está presa desde a noite
de quarta-feira (10) e é considerada ré confessa do caso. O depoimento oficial
da confissão durou cerca de três horas, junto do advogado dela. Segundo
policiais que acompanharam a confissão, as palavras de Ellen chocaram quem
estava presente.
Segundo informações
apuradas pela Banda B, a confissão informal aconteceu próximo do meio-dia e foi
gravada pelo celular de um dos investigadores. Logo após, policiais e a acusada
foram até uma loja de ferramentas, na região Sul de Curitiba, onde ela contou
que teria comprado uma pá – usada
para enterrar o corpo.
De lá, foram para a
região de Campestre, em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, em
busca das pernas do policial, que foram cortadas do corpo. Segundo fontes da
Banda B, ela chorava bastante e não conseguiu apontar o local exato de onde tinha enterrado.
De volta à delegacia,
Ellen se preparou para um depoimento de confissão formal, acompanhada do
advogado. Nesse, que durou cerca de três horas, ela contou que matou o marido
no dia 28 de julho, pela manhã, no mesmo dia em que afirmou, primeiramente, que
ele teria saído de casa, na companhia de um amigo. Ela confessou que efetuou um
disparo de arma de fogo, que atingiu a nuca no
marido, que estava dormido.
Em seguida, segundo
depoimento oficial, ela contou que foi até a cozinha e começou a cortar as
pernas de Rodrigo usando uma faca de caça, que estava na gaveta. No entanto,
quando chegou até o osso, segundo depoimento dela, teria optado pela serra. Em
duas partes, ela colocou o corpo do marido em duas malas e desceu até o
estacionamento. Nessa hora, ela contou que o filho brincava no playground do
condomínio.
A escolha em levar o
corpo do marido para Araucária teria acontecido quando ela já estava dirigindo.
Os dois estiveram na zona rural do município à procura de terrenos e chácaras à
venda, já que tinham uma carta de crédito no valor de R$ 150 mil, informou uma
fonte à Banda B, ligada às investigações. O corpo do policial foi encontrado
por um agricultor em uma área de plantação, a cerca de meio quilômetro da estrada rural.
Primeira
versão
A primeira versão do
crime foi dada no domingo (14), antes de o corpo ser encontrado. Em depoimento
oficial à polícia, ela afirmou, desta vez, que viu um homem entrando em casa,
assassinando o marido e carregando o corpo para fora do apartamento. Segundo
ela, esse episódio não tinha sido relatado aos policiais por medo e, por isso,
teria ido em frente com o sumiço do marido.
Sobre as marcas de
sangue e o serrote, Ellen não sabe dizer o que teria acontecido e que acredita
que o homem tenha voltado à casa dela para deixar a ferramenta para
incriminá-la. A nova versão foi incluída nos autos, embora ela não apresente e
não tenha detalhes sobre quem seria esse homem assassino.
Investigação
Durante as
investigações sobre o paradeiro do policial, detalhes foram somados ao
inquérito, que culminaram na prisão de Ellen. O filho de apenas 9 anos contou
aos tios que ouviu um estampido, som característico de disparo de arma de fogo,
e logo em seguida a mãe saindo do quarto, pedindo para que ele fosse brincar
fora de casa. Antes de registrar B.O sobre o desaparecimento, a esposa do
policial levou o carro da família a um lava car.
Familiares do soldado
disseram à polícia que a esposa mudou os móveis de lugar e estava empenhada em
uma limpeza geral na casa. A alegação dela é que a residência trazia lembranças
do marido. Ela chegou a contratar os serviços de um pintor, mas o serviço não
foi executado devido à prisão na noite do último dia 10. Três dias antes do
crime, Ellen levou para a casa três malas de viagem, dizendo que precisava se
desfazer de objetos e roupas, mas elas não foram mais encontradas após o crime.
No entanto, o pedido
de prisão temporária, válida por 30 dias, foi pedida à Vara Criminal de
Curitiba após investigadores encontrarem vestígios de sangue no quarto, no
banheiro, no corredor e também em um serrote, guardado em um dos cômodos da
casa. Embora com a casa limpa, o uso da substância química luminol fez com que
o sangue reagisse e os investigadores puderam concluir que a esposa estava
mentindo sobre o desaparecimento do marido.
Banda B
Três
Passos News
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