quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Saúde investe R$ 5 milhões em parceria com a FAB

Objetivo é garantir o transporte de órgãos no Brasil e ampliar a realização de transplantes

   Desde a publicação do decreto, FAB transportou 47 órgãos (Divulgação/FAB)

Os ministérios da Saúde e Defesa assinaram, nesta quarta-feira (24), um Termo de Execução Descentralizado (TED) no valor de R$ 5 milhões. A medida visa ressarcir a Força Aérea Brasileira (FAB) dos voos realizados para transporte de órgãos em todo o Brasil e assegurar que sempre haja uma aeronave em solo para fazer o deslocamento.

“Tecnicamente, são quatro horas da retirada do órgão até a implantação. Então, é essa a necessidade que existe e não poderia ser atendida em alguns casos. Alguns órgãos deixavam de ser aproveitados por não haver logística suficiente para cumprir no prazo necessário. Então, com a disponibilidade da FAB, crescemos muito na oportunidade de aproveitamento dos órgãos”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

O fato de a FAB ter aviões em várias bases do Brasil também foi ressaltado durante a assinatura do acordo. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, os repasses começarão a ser feitos imediatamente.


"Estamos permitindo que esse ato, profundamente solidário e humano, que é ceder o órgão de uma pessoa que se vai para outra sobreviver, ele possa acontecer. Então são voos da esperança, são voos pela vida (...) Nós vamos imediatamente começar a fazer esses repasses. Transplantes exige velocidade e recursos."

Em junho, o presidente em exercício, Michel Temer, assinou o decreto que determina a disponibilidade de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para transporte de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para transplante em todo o território nacional.

Até julho, 697 órgãos foram transportados no Brasil. Desse total, 52 foram feitos pela FAB – 47 após a publicação do decreto – sendo 24 corações, 15 fígados, três pulmões, dois rins e três pâncreas.

Além da FAB, o Ministério da Saúde também mantém parceria com as companhias aéreas brasileiras para transporte de órgãos. Nesse caso, as equipes médicas são transportadas com prioridade de voo e decolagem das aeronaves. 


Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde e Ministério da Defesa

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