A Operação
Carmelinda foi deflagrada em fevereiro de 2014
O
Ministério Público Gaúcho denunciou na semana passada o Diretor Jurídico da
empresa Oi por formação de quadrilha, estelionato, patrocínio infiel e lavagem
de dinheiro. O advogado Eurico Teles e outras três pessoas são acusadas de
participar de um esquema fraudulento liderado pelo advogado Maurício Dal Agnol,
que lesou mais de 30 mil pessoas no Rio Grande do Sul.
O documento principal que
demonstra a fraude criada por Eurico Teles e o advogado de Passo Fundo é um dos
tantos papéis que foi encontrado em uma sala secreta da residência de Dal Agnol
durante a Operação Carmelina, deflagrada pela Polícia Federal no mês de
fevereiro do ano de 2014.
Naquela ocasião, a polícia
conseguiu chegar ao esconderijo através de um torpedo anônimo repassado para a
Rádio Uirapuru.
A fraude entre o Diretor
Jurídico e Dal Agnol, consistiu no pagamento de uma propina no valor de 50 milhões
de reais para que o escritório passo-fundense, que defendia 13 mil clientes,
encerrasse os processos contra a empresa Oi.
O golpe iniciou quando o
Diretor Jurídico Eurico Teles foi convocado para encontrar soluções e reduzir
as dívidas na esfera judicial. Porém, o diretor preferiu contratar o escritório
de Maurício Dal Agnol, que já possuía ações com valores superiores a R$ 638
milhões contra a empresa.
Neste contrato, a proposta foi
o pagamento de 50 milhões de reais e 50% do valor total da dívida. Somente
nesta manobra, calcula-se que a Oi conseguiu recuperar aproximadamente 300
milhões de reais.
Mesmo recebendo de forma ilegal
os 50 milhões de reais para encerrar os processos, Dal Agnol embolsou mais de
300 milhões de reais que serviriam para ressarcir seus clientes, que em sua
maioria de casos já haviam transitado em julgado.
O acusado do golpe milionário
possuía uma facilidade para sacar os valores dos depósitos judiciais, pois
tinha uma autorização feita no contrato com os clientes.
Durante as investigações da
Polícia Federal, os agentes constataram que em quatro anos ocorreu uma
movimentação nas contas bancárias do advogado gaúcho com quantias que
ultrapassam o valor de 2 bilhões de reais.
A Polícia Federal também aponta
que a fraude entre o advogado Dal Agnol e o Diretor Jurídico Eurico Teles era
feita inicialmente por funcionários dos escritórios do advogado em Passo Fundo.
Eles viajavam em vários municípios do estado na caça a donos de antigas linhas
telefônicas e os convencia a processar a Oi.
Depois era só Maurício negociar
os valores direto com o Diretor do Departamento Jurídico da empresa de
telefonia.
Fonte:
Rádio Uirapuru | Passo Fundo
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