quinta-feira, 23 de junho de 2016

Ex-ministro Paulo Bernardo é preso em operação da PF

Rio Grande do Sul também é alvo de mandados da ofensiva "Custo Brasil"

Ex-ministro Paulo Bernardo é preso em operação da PF | Foto: Agência Brasil / CP Memória
   Ex-ministro Paulo Bernardo é preso em operação da PF | Foto: Agência Brasil / CP Memória

O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso na manhã desta quinta-feira em uma operação da Polícia Federal (PF) realizada em Brasília. A ofensiva, denominada "Custo Brasil", investiga o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática na ordem de R$ 100 milhões, entre 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.  

Bernardo foi detido no apartamento funcional da esposa, a senadora Gleisi Hoffman (PT). Durante o governo de Dilma Rousseff, ele trabalhou no Ministério das Comunicações. Anteriormente, ele fez parte da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, quando atuou no Ministério do Planejamento. De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, a sede nacional do PT na capital paulista também é alvo de buscas da PF nesta quinta-feira.

A PF deve cumprir hoje 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos a pedido da PF pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo. 

Conforme a investigação da PF, há indícios de que o Ministério do Planejamento direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito consignado. 

Segundo apurou-se, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no ministério por meio de outros contratos - fictícios ou simulados.

O inquérito policial foi instaurado em dezembro de 2015, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a documentação arrecadada na 18ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Pixuleco II, fosse encaminhada para investigação em São Paulo.

Os investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão.


Fonte: Correio do Povo

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