Rio Grande do Sul também é alvo de mandados da ofensiva
"Custo Brasil"
Ex-ministro Paulo Bernardo é preso em operação
da PF | Foto: Agência Brasil / CP Memória
O
ex-ministro Paulo Bernardo foi preso na manhã desta quinta-feira em uma
operação da Polícia Federal (PF) realizada em Brasília. A ofensiva, denominada
"Custo Brasil", investiga o pagamento de propina, proveniente de
contratos de prestação de serviços de informática na ordem de R$ 100 milhões,
entre 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos
ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Bernardo
foi detido no apartamento funcional da esposa, a senadora Gleisi Hoffman
(PT). Durante o governo de Dilma Rousseff, ele trabalhou no Ministério das
Comunicações. Anteriormente, ele fez parte da gestão de Luiz Inácio Lula da
Silva, quando atuou no Ministério do Planejamento. De acordo com
informações do jornal Folha de São Paulo, a sede nacional do PT na capital
paulista também é alvo de buscas da PF nesta quinta-feira.
A PF deve
cumprir hoje 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão
e 14 mandados de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande
do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos a pedido da PF pela 6ª
Vara Criminal Federal em São Paulo.
Conforme
a investigação da PF, há indícios de que o Ministério do Planejamento
direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia
e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de
funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão
de crédito consignado.
Segundo
apurou-se, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas
ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no
ministério por meio de outros contratos - fictícios ou simulados.
O
inquérito policial foi instaurado em dezembro de 2015, após a decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) para que a documentação arrecadada na 18ª fase
da Operação Lava Jato, conhecida
como Pixuleco II, fosse encaminhada para investigação em São
Paulo.
Os
investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de tráfico de
influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
organização criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão.
Fonte:
Correio do Povo
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