Segundo Rubens Bueno, Conselho de Ética atuou
pela revogação e precisa ser feito
Segundo Rubens Bueno, Conselho de Ética atuou
pela revogação e precisa ser feito | Foto: Antônio Cruz / ABr / CP
Em reação
às negociações em torno da tentativa de salvar o mandato do deputado
afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens
Bueno (PR), disse nesta quinta-feira que o partido não aceitará acordo
para preservar o peemedebista. Bueno defendeu que o plenário da Casa vote o
mais rápido possível a cassação do parlamentar e avisou que se for procurado
para um acordo, dará um "rotundo não".
"Não
há qualquer espaço para acordo. Atuamos no Conselho de Ética pela sua cassação
e se formos procurados com qualquer proposta diferente disso nossa resposta
será não", afirmou Bueno em nota.
Líderes
partidários, incluindo parlamentares da base aliada, afirmam que está em
discussão um acordo para aprovar o recurso de Cunha na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) e retardar a votação em plenário, em troca da
renúncia do peemedebista ao comando da Casa.
Segundo
fontes, em conversa com Cunha nesse domingo, o presidente em exercício Michel
Temer deixou claro sua insatisfação com a permanência de Waldir Maranhão
(PP-MA) na presidência da Câmara e reclamou que a instabilidade política
está atrapalhando as votações de matérias de interesse do governo.
Os
relatos são de que Temer teria pressionado Cunha a renunciar para apressar a
saída de Maranhão, mas Cunha teria exigido que seu sucessor fosse alguém
alinhado a ele para tocar seu processo disciplinar. Nos corredores, a
informação que circula é de que o deputado afastado poderá anunciar a renúncia
na segunda-feira, 4, dia em que o relator na CCJ, Ronaldo Fonseca (PROS-DF),
deve entregar seu parecer.
O líder
do PPS disse nesta quinta-feira que o afastamento de Cunha por decisão judicial
não é suficiente. "Ele precisa ser cassado", pregou.
O
discurso de Bueno se alinha aos demais líderes da antiga oposição, como DEM,
PSDB e PSB. Há poucos dias, o grupo se reuniu com o presidente do PSDB, senador
Aécio Neves (MG), e deixou claro o desconforto de fazer parte de uma
operação para salvar o peemedebista. "Não vamos compactuar com essa
história de livrar na CCJ. Isso está cristalizado", afirmou o líder do
DEM da Casa, Pauderney Avelino (AM).
ESTADÃO conteúdo
Correio do
Povo
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