Dias Toffoli atendeu ao pedido da defesa do
ex-ministro, investigado na Operação Custo Brasil
Ex-ministro dos governo Lula e Dilma é
investigado na Operação Custo Brasil
Foto: José Cruz / Agência Brasil / Divulgação /
CP
* Com
informações da Agência Brasil
O
ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, revogou a prisão do
ex-ministro Paulo Bernardo. Toffoli atendeu ao pedido da defesa do
ex-ministro. Na decisão, ele indeferiu pedido de liminar na
Reclamação (Rcl) 24506, mas, "por reputar configurado flagrante
constrangimento ilegal, passível de correção por habeas corpus de ofício quando
do julgamento de mérito da ação", determinou "cautelarmente, sem
prejuízo de reexame posterior", a revogação da prisão preventiva de Paulo
Bernardo.
O ministro
determinou ainda que o Juízo Federal da 6ª Vara Criminal Especializada em
Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional e em Lavagem de Valores da Seção
Judiciária de São Paulo "avalie a necessidade, se for o caso, de
aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, dentre aquelas previstas
nos artigos 319 e 321 do Código de Processo Penal".
Paulo
Bernardo estava preso desde o último dia 23 de junho em decorrência da Operação Custo Brasil. A ação investiga o pagamento de
propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática na
ordem de R$ 100 milhões, entre 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários
públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão.
O
ex-ministro foi detido no apartamento funcional da esposa, a senadora Gleisi
Hoffman (PT). Durante o governo de Dilma Rousseff, ele trabalhou no Ministério
das Comunicações. Anteriormente, ele fez parte da gestão de Luiz Inácio Lula da
Silva, quando atuou no Ministério do Planejamento.
O esquema
Segundo
investigações o MPF, a fraude ocorreu na contratação de uma empresa responsável
por empréstimos consignados. O esquema se baseava em contratos fictícios entre
a empresa Consist e escritórios de advocacia. O repasse era feito por meio de
pagamentos de despesas pessoais e saques. A empresa destinava 70% do contrato
como propina. Desse montante, 80% iam para "parceiros" e 20% para
intermediadores. Cerca de 20% das propinas foram destinadas ao PT. O dinheiro
saía da empresa Consist, seguia para escritórios subcontratados e era
distribuído aos destinatários.
Paulo Bernardo recebia propinas por meio de um escritório de advocacia, segundo o MPF. Três escalões do MPOG tiveram
participação no esquema: Bernardo, secretários e outros servidores. Mesmo
depois de sair do ministério, Bernardo continuou recebendo propinas do esquema.
Ele recebeu 9% no início, fatia que caiu para 2% quando deixou o ministério.
Fonte:
Correio do Povo
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