Delegacia de Polícia e Brigada Militar farão pronunciamento oficial (Foto: Paulo Rossi - DP)
O comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Pelotas, tenente-coronel André Pithan, foi
preso no final da manhã desta terça-feira (5), dentro do Quartel, na avenida
Bento Gonçalves, por posse ilegal de arma de fogo. Ele está na Delegacia de
Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde aguarda a autoridade de plantão
arbitrar fiança. Pithan também é investigado por envolvimento no caso Nasf.
Segundo a polícia, ele acobertava a atuação da empresa privada de segurança,
considerada milícia pelo Ministério Público. Na manhã desta terça-feira (5), a
promotoria colocou em ação a Operação Braço Forte, que faz menção ao slogan da
firma, comandada pelo tenente da reserva da BM, Nelson Antônio Silva Fernandes
- conhecido como Tenente Nélson.
Ainda nesta tarde, a delegada de plantão, Anita Carúcio, e
oficiais da Brigada Militar farão um pronunciamento oficial para esclarecer os
motivos da detenção do comandante e qual seria seu envolvimento. Informações
dão conta que um dos 14 detidos na manhã desta terça teia dito à polícia que
Pithan estaria portando uma arma que pertenceria ao filho do Tenente Nélson.
Até agora foram presas 14 pessoas temporariamente, entre elas, o
proprietário da empresa, além de uma prisão em flagrante por porte ilegal de
arma. Foram apreendidos 21 veículos, armas e ferramentas usadas em práticas de
tortura.
O caso vem sendo investigado há três meses. A Nasf, segundo a
Promotoria, deveria prestar serviço de zeladoria, mas se organizou em uma
milícia que torturava suspeitos de crimes e, também, pessoas sem nenhuma
vinculação com delitos.
"Na prática eles vendem um serviço que não é preventivo,
mas sim repressivo", explicam os coordenadores da ação, os promotores
Flávio Duarte e Reginaldo Freitas da Silva. Segundo a assessoria do MP, a Nasf
tinha cinco mil clientes e um lucro mensal de R$ 500 mil, livre de impostos.
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Fonte:
DIÁRIO POPULAR | Pelotas
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