segunda-feira, 4 de abril de 2016
Caso Bernardo: TJ-RS pode decidir neste mês se réus irão a júri popular
Nesta segunda-feira, 4 de abril, completa-se
dois anos da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini. O processo que apura
sua morte segue sem desfecho. Suspenso desde o final de janeiro, o julgamento
do recurso de defesa dos acusados pela morte do menino pode entrar na pauta da
próxima quarta-feira ou no dia 20 de abril.
No recurso, os advogados dos réus Leandro
Boldrini, Graciele Ugulini e Evandro Wirganovicz tentam evitar o júri popular,
responsável por julgar crimes dolosos (quando é intencional) contra a vida.
O advogado de Edelvânia Wirganovicz, Jean de
Menezes Severo, não apelou. O objetivo do defensor é dar celeridade ao
processo.— Não queremos procrastinar o júri. A Edelvânia está presa há quase
dois anos sem condenação, numa situação complicada no presídio. Queremos dar
oportunidade para ela se defender, ser julgada e aí cumprir uma eventual pena.
Ela quer sair dessa angústia — afirma Severo.
Na próxima semana, o advogado vai tentar, pela
segunda vez, uma cisão do processo, para que sua cliente fosse julgada sozinha.
Na primeira, o pedido foi negado em outubro do ano passado.
A defesa de Graciele e de Leandro disse que só
vai se pronunciar nos autos do processo.
Uma missa, no sábado a noite, na Igreja Matriz
Santa Inês, em Três Passos, antecipou a homenagem “aos dois anos sem Bernardo”.
Na entrada da igreja, foram entregues adesivos com uma foto do menino. O
material foi confeccionado com dinheiro de doações vindas de todo o país.
Homenagens a Bernardo também aconteceram em Porto Alegre
Uma missa na igreja Santa Teresinha e uma
caminhada pelo parque da Redenção, em Porto Alegre, também lembraram na manhã
de ontem, a morte do menino Bernardo. O padre Marcelo Streit que celebrou a missa
pediu ao público que lotou a igreja que lembrasse de Bernardo com carinho. “Ele
está junto de Deus. Como pode acontecer de uma criança tão querida ser
assassinada de forma tão cruel”, ressaltou. O padre pediu que Santa Teresinha
cuidasse das crianças e das famílias brasileiras.
A farmacêutica Eliana de Melo Machado,
integrante do grupo “Júri popular para os assassino de Bernardo”, criado no
Facebook, disse que mais 20 grupos em redes sociais defendem a realização de
júri popular para os envolvidos no assassinato do menino. “Queremos justiça. É
um crime que não pode ficar impune”, ressaltou Eliana. Logo após a missa,
integrantes do grupo “Júri popular para os assassinos de Bernardo” realizaram
uma vigília na frente da igreja, na Avenida José Bonifácio. Eles carregavam
dois cartazes com as mensagens: “O Brasil exige: júri popular para os
assassinos de Bernardo” e “Júri popular/pena máxima aos assassino de Bernardo”.
Nesta segunda-feira, o grupo fará uma vigília
das 10h às 16h na frente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS),
na avenida Borges de Medeiros para pedir a realização de júri popular para os
quatro envolvidos na morte de Bernardo. Os manifestantes farão ainda a
distribuição de panfletos na sede do TJ/RS com o pedido de justiça para o caso
Bernardo.
Rádio Alto Uruguai
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