Impasse envolvendo uma ação de inventário, que se arrastava por
duas décadas, teve um final feliz, em Sapiranga, com ajuda da mediação. Os
herdeiros travavam uma batalha pela partilha, através de impugnações e
discordâncias na divisão de numerários. O entendimento entre as partes foi
alcançado através do diálogo, onde puderam expor seus sentimentos e analisar a
situação de forma tranquila e segura. O feito foi comemorado pelos integrantes
do CEJUSC, que não tem ainda nem 2 anos de funcionamento.
Foram duas sessões de mediação, de aproximadamente 2 horas, cada
uma. Após conhecerem os objetivos e técnicas da mediação, aceitaram participar
e concordaram que seria uma forma saudável de resolver o conflito. Colocar-se
no lugar do outro, ter uma visão prospectiva e restabelecer a comunicação foram
os pontos altos da sessão. "Acredito que o resultado obtido vem confirmar
que o caminho da autocomposição é realmente positivo e muito ainda há de ser
conquistado através do diálogo e da construção da paz", afirma a mediadora
Marciana Bernardes da Silva, que atuou no caso. "Foi muito gratificante
ter alcançado o sucesso nesta mediação, a sensação de gratidão dos mediandos
foi ótima", acrescenta o mediador Dílson Alberto Breier.
Juíza
Káren (D) homologou o termo de entendimento, na presença de mediadores e das
partes na ação de inventário
(Foto: Divulgação/Comarca de Sapiranga)
(Foto: Divulgação/Comarca de Sapiranga)
O acordo foi realizado no dia 28/03/16. Os mediadores convidaram a
Juíza Coordenadora do CEJUSC, Káren Rick Danilevicz Bertoncello, a homologar o
termo de entendimento na presença dos mediandos. A magistrada destacou o
empenho da equipe envolvida: "A estrutura de trabalho do CEJUSC ainda é
incipiente, pois não contamos com servidores ou estagiários. Nosso quadro de
mediadores e conciliadores se divide entre servidores do Poder Judiciário e
voluntários. A dedicação desta equipe tem conquistado uma efetiva mudança de
cultura, privilegiando a pacificação social através dos métodos
autocompositivos", afirmou a Juíza Káren.
O Advogado Paulo Arthur Duprat, que representou a inventariante e
uma herdeira, considerou positivo o desfecho do trabalho realizado no CEJUSC.
"Foi interessante. Finalmente encerrou as questões que travavam o
andamento do processo, colocando as partes frente a frente, esclarecendo
dúvidas e aparando arestas", afirmou.
O CEJUSC da Comarca de Sapiranga foi instalado em 09/06/14 e,
desde então, vem atendendo a demanda processual e pré-processual. No mês de
março passaram a ser realizadas também mediações em processos de família.
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul
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