segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ossada pode ser de policial de São Gabriel desaparecido

Ossada humana foi encontrada em Santa Margarida do Sul, com pertences do brigadiano Ilson Juliano de Almeida Vieira


                                                                                                                  Foto:  reprodução  /  Reprodução
A localização de uma ossada humana no interior de Santa Margarida do Sul, na noite da última sexta-feira, pode dar fim a um mistério de mais de 40 dias. Segundo a Polícia Civil de São Gabriel, que investiga o caso, tudo indica que os ossos sejam do soldado Ilson Juliano de Almeida Vieira, 30 anos. Ele estava sumido desde o dia 3 de julho.

Segundo ocorrência policial, os ossos foram vistos por um funcionário da Estância do Panorama, em Santa Margarida do Sul, em uma área de reflorestamento. O trabalhador estaria recolhendo gado quando teria visto a ossada entre os eucaliptos.

A Polícia Civil foi acionada, fez o levantamento fotográfico do local, encaminhou os restos mortais para necropsia e recolheu material para exame de DNA. Somente o resultado do teste poderá confirmar se os ossos são mesmo do soldado.

Junto à ossada, estavam uma bombacha azul, uma camisa branca, um cinto de couro e um blusão azul. As roupas foram reconhecidas pelo pai do militar como sendo as que Vieira vestia no dia em que desapareceu. Ainda foi encontrado um relógio de pulso, que também foi identificado como sendo do militar.

O policial militar estava na casa dos pais, na localidade de Cerro do Ouro, interior de São Gabriel, quando saiu correndo em direção a um matagal e nunca mais foi encontrado. Por semanas, bombeiros de São Gabriel e de Santa Maria e policiais militares das cidades da região fizeram buscas na tentativa de localizar Vieira, mas não tiveram sucesso.

Delegado autorizou atestado de óbito em nome do policial

Para o delegado plantonista de São Gabriel, Fábio Ferreira Miguez, todos os indícios apontam para que se trate do soldado: além das roupas e do relógio, o lugar onde estava a ossada fica a cerca de 6 quilômetros de onde o soldado sumiu. A distância pode ser reduzida a 2,5 quilômetros se ele tiver cortado caminho pelo mato, por exemplo.

— Tudo indica que é ele. Com base nos indícios e pensando na família, pedi que o médico fizesse o atestado de óbito em nome do PM desaparecido — disse o delegado.

O sepultamento ocorreu no sábado, em São Gabriel. O PM trabalhava no Colégio Tiradentes e, quando sumiu, estava de atestado médico para tratamento psicológico.

Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA

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