Ossada humana foi encontrada em Santa Margarida do
Sul, com pertences do brigadiano Ilson Juliano de Almeida Vieira
Foto: reprodução / Reprodução
A localização de uma ossada humana no interior de Santa Margarida do
Sul, na noite da última sexta-feira, pode dar fim a um mistério de mais de 40
dias. Segundo a Polícia Civil de São Gabriel, que investiga o caso, tudo indica
que os ossos sejam do soldado Ilson Juliano de Almeida Vieira, 30 anos. Ele
estava sumido desde o dia 3 de julho.
Segundo ocorrência policial, os ossos foram vistos por um funcionário da
Estância do Panorama, em Santa Margarida do Sul, em uma área de
reflorestamento. O trabalhador estaria recolhendo gado quando teria visto a
ossada entre os eucaliptos.
A Polícia Civil foi acionada, fez o levantamento fotográfico do local,
encaminhou os restos mortais para necropsia e recolheu material para exame de
DNA. Somente o resultado do teste poderá confirmar se os ossos são mesmo do
soldado.
Junto à ossada, estavam uma bombacha azul, uma camisa branca, um cinto
de couro e um blusão azul. As roupas foram reconhecidas pelo pai do militar
como sendo as que Vieira vestia no dia em que desapareceu. Ainda foi encontrado
um relógio de pulso, que também foi identificado como sendo do militar.
O policial militar estava na casa dos pais, na localidade de Cerro do
Ouro, interior de São Gabriel, quando saiu correndo em direção a um matagal e
nunca mais foi encontrado. Por semanas, bombeiros de São Gabriel e de Santa
Maria e policiais militares das cidades da região fizeram buscas na tentativa
de localizar Vieira, mas não tiveram sucesso.
Delegado autorizou atestado de óbito em nome do policial
Para o delegado plantonista de São Gabriel, Fábio Ferreira Miguez, todos
os indícios apontam para que se trate do soldado: além das roupas e do relógio,
o lugar onde estava a ossada fica a cerca de 6 quilômetros de onde o soldado
sumiu. A distância pode ser reduzida a 2,5 quilômetros se ele tiver cortado
caminho pelo mato, por exemplo.
— Tudo indica que é ele. Com base nos indícios e pensando na família,
pedi que o médico fizesse o atestado de óbito em nome do PM desaparecido —
disse o delegado.
O sepultamento ocorreu no sábado, em São Gabriel. O PM trabalhava no
Colégio Tiradentes e, quando sumiu, estava de atestado médico para tratamento
psicológico.
Fonte: DIÁRIO DE SANTA
MARIA
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