Rapaz sobreviveu por 16 horas sem água, sem
comida, ferido e com frio da serra catarinense
Camilo Fernando de Moraes está UTI do Hospital Hélio Anjos Ortiz, em CuritibanosFoto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
— Foi uma prova de Deus, pois só mesmo um
milagre para ele ter suportado a todo esse tempo debaixo do carro naquelas
condições.
É assim que a comerciante Maria Moraes, de 58 anos, e o marido dela, o aposentado Osvaldo Cristino de Moraes, 61, definem a sobrevivência do filho, o motorista Camilo Fernando de Moraes, 23. Morador de Curitibanos, na Serra Catarinense, o casal enfrentou pelo menos cinco horas de desespero na última segunda-feira depois que deu conta do desaparecimento de Camilo. No fim, tudo deu certo e o jovem foi encontrado com vida.
Dois são os grandes destaques da sobrevivência de Camilo: ele resistiu a pelo menos 16 horas sem água e comida, gravemente ferido e enfrentando o rigoroso frio serrano; e foi encontrado pelo próprio tio que o insistiu em procurar e o localizou em um local de difícil acesso e de visibilidade tão ruim que nem mesmo os tripulantes de um helicóptero teriam sucesso na busca. Outro curioso detalhe é que ninguém sabia do acidente, e o tio da vítima seguiu seu próprio instinto.
Os pais de Camilo lembram que o filho estava com amigos em sua casa, no Bairro Água Santa, em Curitibanos, acompanhando o jogo da seleção brasileira de futebol contra a Inglaterra. No grupo estava Roberto Matheus Merlon, de 21 anos. Por volta das 20h30min, o grupo teria saído para ir a uma lanchonete, e depois disso, Maria e Osvaldo não viram mais o filho.
Até que, por volta das 10h de segunda-feira, o chefe de Camilo telefonou à sua procura, e os pais não o encontraram. Entraram em contato com a família de Roberto, que também não sabia do paradeiro dos jovens. Imediatamente, Maria e Osvaldo registraram Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, e as horas que se seguiram foram de desespero.
—Como tinha a Festa do Pinhão em Lages (distante 80 quilômetros de Curitibanos), parti naquela direção, mas não encontrei nada. Foi muito difícil —, lembra Osvaldo.
Até que, por volta das 15h30min, o carro foi localizado pelo tio de Camilo, o empresário Alvady Cristino Rodrigues, de 55 anos, que teve a mesma ideia de procurar pelos jovens nas rodovias da região. Fazia pelo menos 16 horas que Camilo estava preso às ferragens do carro, machucado e sem qualquer tipo de assistência, nem mesmo hidratação e alimentação.
Encaminhado ao Hospital Hélio Anjos Ortiz, em Curitibanos, ele foi submetido a uma cirurgia por ter sofrido escalpe parcial (perda de parte do couro cabeludo), traumatismo craniano e na face. O cirurgião geral Marcos Farias, que o atendeu inicialmente, diz que apesar da gravidade e das contusões generalizadas, Camilo está em estado estável e deve se recuperar bem.
—Ele tem uma condição física bem avantajada e o santo forte —, diz o médico.
Como teve fratura de mandíbula, Camilo precisará ser submetido também a uma cirurgia bucomaxilofacial, e não tem previsão de receber alta do hospital.
—Meu filho está consciente e conversa conosco, mas não lembra de detalhes do acidente. Ele ficou muito machucado, mas estou bem mais aliviada—, disse Maria depois de visitar o filho na UTI do hospital, na tarde desta terça-feira.
O corpo de Roberto foi sepultado na tarde desta terça-feira no cemitério municipal de Curitibanos. O pai de Camilo acompanhou a cerimônia.
É assim que a comerciante Maria Moraes, de 58 anos, e o marido dela, o aposentado Osvaldo Cristino de Moraes, 61, definem a sobrevivência do filho, o motorista Camilo Fernando de Moraes, 23. Morador de Curitibanos, na Serra Catarinense, o casal enfrentou pelo menos cinco horas de desespero na última segunda-feira depois que deu conta do desaparecimento de Camilo. No fim, tudo deu certo e o jovem foi encontrado com vida.
Dois são os grandes destaques da sobrevivência de Camilo: ele resistiu a pelo menos 16 horas sem água e comida, gravemente ferido e enfrentando o rigoroso frio serrano; e foi encontrado pelo próprio tio que o insistiu em procurar e o localizou em um local de difícil acesso e de visibilidade tão ruim que nem mesmo os tripulantes de um helicóptero teriam sucesso na busca. Outro curioso detalhe é que ninguém sabia do acidente, e o tio da vítima seguiu seu próprio instinto.
Os pais de Camilo lembram que o filho estava com amigos em sua casa, no Bairro Água Santa, em Curitibanos, acompanhando o jogo da seleção brasileira de futebol contra a Inglaterra. No grupo estava Roberto Matheus Merlon, de 21 anos. Por volta das 20h30min, o grupo teria saído para ir a uma lanchonete, e depois disso, Maria e Osvaldo não viram mais o filho.
Até que, por volta das 10h de segunda-feira, o chefe de Camilo telefonou à sua procura, e os pais não o encontraram. Entraram em contato com a família de Roberto, que também não sabia do paradeiro dos jovens. Imediatamente, Maria e Osvaldo registraram Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, e as horas que se seguiram foram de desespero.
—Como tinha a Festa do Pinhão em Lages (distante 80 quilômetros de Curitibanos), parti naquela direção, mas não encontrei nada. Foi muito difícil —, lembra Osvaldo.
Até que, por volta das 15h30min, o carro foi localizado pelo tio de Camilo, o empresário Alvady Cristino Rodrigues, de 55 anos, que teve a mesma ideia de procurar pelos jovens nas rodovias da região. Fazia pelo menos 16 horas que Camilo estava preso às ferragens do carro, machucado e sem qualquer tipo de assistência, nem mesmo hidratação e alimentação.
Encaminhado ao Hospital Hélio Anjos Ortiz, em Curitibanos, ele foi submetido a uma cirurgia por ter sofrido escalpe parcial (perda de parte do couro cabeludo), traumatismo craniano e na face. O cirurgião geral Marcos Farias, que o atendeu inicialmente, diz que apesar da gravidade e das contusões generalizadas, Camilo está em estado estável e deve se recuperar bem.
—Ele tem uma condição física bem avantajada e o santo forte —, diz o médico.
Como teve fratura de mandíbula, Camilo precisará ser submetido também a uma cirurgia bucomaxilofacial, e não tem previsão de receber alta do hospital.
—Meu filho está consciente e conversa conosco, mas não lembra de detalhes do acidente. Ele ficou muito machucado, mas estou bem mais aliviada—, disse Maria depois de visitar o filho na UTI do hospital, na tarde desta terça-feira.
O corpo de Roberto foi sepultado na tarde desta terça-feira no cemitério municipal de Curitibanos. O pai de Camilo acompanhou a cerimônia.
Fonte: Pablo Gomes |
DIÁRIO CATARINENSE
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