Donna Summer faz show em Berlim, em julho de 2009, mesmo ano em que veio ao Brasil (Foto: AFP)
A cantora Donna Summer morreu nesta madrugada, aos 63 anos, após batalha contra o câncer. A morte foi confirmada por familiares à agência Associated Press. De acordo com o site TMZ, ela tinha câncer de pulmão. Fontes confirmaram à página que a cantora acreditava ter ficado doente após os atentados de 11 de setembro, ao inalar partículas tóxicas.
Summer ganhou cinco prêmios Grammy e fez sucesso, principalmente nos anos 70, com músicas como "Last Dance," "Hot Stuff", "She Works Hard for the Money" e "Bad Girls". Ela já vendeu aproximadamente 130 milhões de discos em todo o mundo.
Nascida em Boston no dia 31 de dezembro de 1948, LaDonna Adrian Gaines (nome real da cantora) começou sua carreira como vocalista de apoio do trio Three Dog Night. Segundo o jornal "The New York Times", ela aprendeu a cantar na igreja em um coral gospel. Ainda adolescente, integrou um grupo de rock psicodélico chamado The Crow.
A estreia solo em disco foi lançada em 1974, "Lady of the Night". Seu primeiro grande hit foi "Love to Love You Baby", que chegou ao segundo lugar na parada da revista americana "Billboard", em 1976. Com o sucesso, passou a lançar pelo menos um LP por ano até 1984. Summer lançou 17 álbuns de estúdio. Entre os trabalhos mais importantes estão "Bad Girls" e "On the Radio, Volume I & II".
Ela já liderou a principal parada nos EUA com canções como "Hot Stuff" e "MacArthur Park". O disco mais recente é "Crayons", de 2008, com músicas como "I'm a fire", "Stamp your feet", "It's only love" e "Fame (the game)". O álbum ficou na 17ª posição do ranking de mais vendidos nos EUA. Ela veio ao Brasil em 2009 para divulgar o CD, lançado após hiato de 17 anos.
Ao trocar de gravadora, assinando com a Geffen Records em 1983, Donna passou a ter menos destaque nas paradas. Nos anos 80, não conseguiu repetir o sucesso da década anterior. Ela chegou até a deixar de cantar seus principais hits da disco music.
Durante a era disco, ela foi a única artista a ter três discos-duplo consecutivos em primeiro lugar na lista de mais vendidos. Ela também foi a primeira cantora com quatro singles número 1 em um período de 13 meses, de acordo com o Rock Hall of Fame, onde foi homenageada neste ano. Apesar do sucesso, nunca se mostrou confortável com o rótulo "rainha da disco.
A cantora deixa seu marido Bruce Sudano, com quem teve dois filhos, e quatro netos. Ela também teve um filho de seu primeiro casamento, com Helmuth Sommer. "Esta manhã, perdemos Donna Summer Sudano, uma mulher cheia de talento, sendo que o maior deles era a sua fé", disse a família em um comunicado. "Enquanto lamentamos a sua morte, estamos em paz celebrando a sua extraordinária vida e seu legado permanente. Palavras realmente não podem expressar o quanto nós apreciamos suas orações e seu amor para a nossa família neste momento difícil." Ela morava em Nashville, no estado americano do Tennessee.
A cantora Dionne Warwick disse em comunicado que estava triste em perder uma grande intérprete e "querida amiga". "Meu coração vai para seu marido e seus filhos", disse Warwick. "Orações serão rezadas para mantê-los fortes."
No Twitter, fãs famosos lamentaram a morte. "Descanse em paz, querida Donna Summer. Sua voz foi a batida do coração e a trilha sonora de uma década", resumiu o produtor Quincy Jones, famoso por trabalhar com Michael Jackson, Sarah Vaughan e Ray Charles. "Uau, outra lenda se foi. Descanse em paz rainha do soul Donna Summer", escreveu a rapper Nicki Minaj.
"Uma das minhas primeiras inspirações musicais. Descanse em paz. 'Bad girls' para sempre" foi a mensagem da popstar australiana Kylie Minogue. "A rainha do disco nos deixou. Donna Summer siempre estará viva por meio de sua música! Obrigado por sua voz incomparável e por sua grandeza", agradeceu a mexicana Thalia. "É uma perda terrível. Ela era de fato a rainha do disco", elogiou La Toya Jackson.
Fonte: Do G1, em São Paulo
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