Por volta das 17h desta terça-feira, a aula de Educação Física em uma escola de São Pedro do Butiá, no noroeste do Estado, foi interrompida por uma tragédia. Uma goleira, que não estava fixada no piso da quadra do ginásio de esportes, matou o estudante William Thomas Hoffmann, de 8 anos.
A atividade esportiva que envolvia alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental no Colégio Estadual Professor Pedro José Scher era realizada em apenas uma das goleiras da quadra que estaria fixada. Segundo relato das duas professoras que acompanhavam a turma, ao delegado Rogério Junges, dois meninos foram até a outra estrutura que estava desativada e se penduraram na trave, foi quando ela veio na direção deles, e acertou a cabeça de William.
— Um conseguiu saltar para longe da goleira, o outro não. O Samu foi acionado e levou ele até o hospital em Cerro Largo, porque não tem hospital em São Pedro do Butiá — explica Junges.
No entanto, de acordo com informações passadas ao delegado, o menino já estaria sem vida quando foi socorrido. A goleira em que aconteceu o acidente estava sem o suporte que a fixa no piso, e, por isso, não era usada na aula.
A diretora da escola, Celina Lúcia Reisdorfer, disse que toda comunidade está muito abalada com o que aconteceu. O colégio vai ficar fechado por três dias, em luto.
A diretora da escola, Celina Lúcia Reisdorfer, disse que toda comunidade está muito abalada com o que aconteceu. O colégio vai ficar fechado por três dias, em luto.
Segundo Celina, os alunos que presenciaram a queda da goleira informaram que ela teria caído sobre os pés de William, e ele teria batido com a cabeça no chão.
— Não estava na escola hoje de tarde e não sei os detalhes, mas a vice-diretora tomou todas as providências necessárias no momento. O William era um ótimo aluno, muito querido, estamos muito tristes. Nossos alunos são que nem nossos filhos, conhecemos toda família — lamenta Celina.
Conforme a diretora, era a última aula do turno da tarde e estava sendo feita a brincadeira de caçador, quando os meninos se afastaram. Com isso, nenhuma das goleiras estava sendo utilizada. O menino estudava no local desde há seis anos e tem um irmão menor.
— Sempre alertamos as crianças para caminharem devagar, para terem cuidado. Eles são muito ativos, correm muito, tem muita energia. Um tempo atrás falamos que não podiam subir nas goleiras — afirma a diretora.
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de Cerro Largo abrirá um inquérito para apurar a responsabilidade do fato. O corpo do menino foi levado ao Instituto Médico Legal de Santo Ângelo aguardando pela necropsia.
Fonte: Letícia Costa / ZERO HORA
Nenhum comentário:
Postar um comentário