Moradores de São Leopoldo, no Vale do Sinos, invadiram 126 casas e apartamentos construídos pela prefeitura para reassentar famílias que vivem em situação de risco. A ocupação do loteamento, no bairro Feitoria, ocorreu na noite do último sábado, e não há previsão para a saída das famílias do local.
A justificativa dos invasores é de que as casas estariam prontas e paradas há mais de dois anos. Segundo eles, o mato já tomava conta do loteamento, sem que a prefeitura entregasse as casas às famílias selecionadas.
— Todos que estão aqui são pessoas que moravam perto e pagavam aluguel mesmo sem ter condições. Enquanto nós sofremos gastando quase todo o nosso salário em moradia, essas casas ficam aqui sem uso— afirma Jenifer Rodrigues Gonçalves, que levou o filho para viver em uma das casas.
De acordo com a prefeitura, as residências ficaram prontas há seis meses. No entanto, problemas na liberação de recursos junto a Caixa Econômica Federal fizeram com que não fossem concluídas as instalações elétricas e de esgoto, situação que estaria resolvida, faltando apenas o término das obras.
O loteamento seria entregue para famílias que hoje vivem em situação de risco nas margens do Arroio Kruse. O investimento no local é de mais de R$ 3 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A expectativa da prefeitura era assentá-las nos próximos 20 dias.
— Já estivemos no local e queremos conversar com esses moradores. Pedimos a eles que formassem uma comissão para que possamos explicar que essas casas já tinham destino— afirma o secretário de Projetos Especiais de São Leopoldo, José Carlos Pereira.
A Procuradoria Geral do Município já pediu à Justiça a reintegração de posse do loteamos. Até que a saída dos moradores seja concedida, as famílias devem permanecer no local.
Fonte: Álisson Coelho / ZERO HORA
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