Na Escola Municipal Monteiro Lobato, logo que chegaram, os livros foram para a sala de aulaFoto: Paulo Vasconcellos / Especial
Um atlas produzido em Horizontina, no Noroeste, está sendo usado em escolas do município para o ensino de história e geografia. O material foi escrito por uma equipe multidisciplinar, que passou os últimos três anos coletando dados da cidade e da região.
A ideia foi do geógrafo e professor Joel Tauchen e surgiu de uma dificuldade enfrentada por ele em sala de aula. Faltava bibliografia quando o assunto era a região. Em 2009, ele procurou a prefeitura de Horizontina, que se dispôs a apoiar o projeto.
A secretaria municipal de Educação custeou o transporte do grupo, que percorreu rua por rua a cidade de pouco mais de 17 mil habitantes atrás de informações. Dados do último censo do IBGE também foram compilados, para traçar um panorama da economia na região, baseada na agropecuária. O trabalho foi concluído em setembro do ano passado.
- O professor Joel nos mostrou o arquivo com o atlas pronto. Pagamos a eles R$ 15 mil para que fosse feita a impressão dos 200 exemplares adquiridos por nós - recorda Eloisa Dürks, secretária de Educação de Horizontina.
O material começou a ser distribuído em escolas municipais, estaduais e particulares, e também na Biblioteca Pública do município na última quinta-feira. Até o final da próxima semana, a entrega deve ser finalizada.
O atlas possui 115 páginas e é ilustrado com mapas e fotos de satélite. Informações regionais também estão disponíveis, para que alunos possam traçar comparativos.
- Eu não encontrei, no Brasil, um atlas municipal com um nível tão grande de detalhamento. Talvez exista algo semelhante apenas em capitais - garante Tauchen, que coordenou o trabalho.
Na Escola Municipal Monteiro Lobato, logo que chegaram, os livros foram para a sala de aula.
- O atlas será utilizado, principalmente, pelo terceiro e quarto ano do ensino fundamental, mas como é bem completo serve para auxiliar até mesmo alunos de sétima e oitava série, que começam a estudar questões mais avançadas, como o clima - explica a professora de história e geografia Carmen Manjabosco.
A equipe
O atlas foi produzido pelo professor universitário Joel Tauchen. Ele coordenou o time, que conta com outros dois professores de geografia, um professor de história, um economista, um publicitário, um profissional da área de informática e dois estudantes.
Três constatações da pesquisa
- Mais áreas de mata nativa estão sendo encontradas na região. O fato, segundo Tauchen, ocorre devido à mecanização da agricultura. Locais íngremes, onde antes o plantio era feito utilizando bois, foram abandonados devido à utilização de tratores e maquinários, que não conseguem acessar estes locais.
- Diversos municípios estão vivendo situação econômica bastante delicada devido à oscilação do setor agrícola. Para o pesquisador, houve um excesso de safras frustradas pelas decorrentes secas.
- Na área urbana de Horizontina, ele destaca a ocupação desordenada de algumas áreas. Ao longo dos últimos anos, casas teriam sido construídas em áreas de banhado ou sobre pequenos morros, onde pode haver deslizamentos de terra.
A ideia foi do geógrafo e professor Joel Tauchen e surgiu de uma dificuldade enfrentada por ele em sala de aula. Faltava bibliografia quando o assunto era a região. Em 2009, ele procurou a prefeitura de Horizontina, que se dispôs a apoiar o projeto.
A secretaria municipal de Educação custeou o transporte do grupo, que percorreu rua por rua a cidade de pouco mais de 17 mil habitantes atrás de informações. Dados do último censo do IBGE também foram compilados, para traçar um panorama da economia na região, baseada na agropecuária. O trabalho foi concluído em setembro do ano passado.
- O professor Joel nos mostrou o arquivo com o atlas pronto. Pagamos a eles R$ 15 mil para que fosse feita a impressão dos 200 exemplares adquiridos por nós - recorda Eloisa Dürks, secretária de Educação de Horizontina.
O material começou a ser distribuído em escolas municipais, estaduais e particulares, e também na Biblioteca Pública do município na última quinta-feira. Até o final da próxima semana, a entrega deve ser finalizada.
O atlas possui 115 páginas e é ilustrado com mapas e fotos de satélite. Informações regionais também estão disponíveis, para que alunos possam traçar comparativos.
- Eu não encontrei, no Brasil, um atlas municipal com um nível tão grande de detalhamento. Talvez exista algo semelhante apenas em capitais - garante Tauchen, que coordenou o trabalho.
Na Escola Municipal Monteiro Lobato, logo que chegaram, os livros foram para a sala de aula.
- O atlas será utilizado, principalmente, pelo terceiro e quarto ano do ensino fundamental, mas como é bem completo serve para auxiliar até mesmo alunos de sétima e oitava série, que começam a estudar questões mais avançadas, como o clima - explica a professora de história e geografia Carmen Manjabosco.
A equipe
O atlas foi produzido pelo professor universitário Joel Tauchen. Ele coordenou o time, que conta com outros dois professores de geografia, um professor de história, um economista, um publicitário, um profissional da área de informática e dois estudantes.
Três constatações da pesquisa
- Mais áreas de mata nativa estão sendo encontradas na região. O fato, segundo Tauchen, ocorre devido à mecanização da agricultura. Locais íngremes, onde antes o plantio era feito utilizando bois, foram abandonados devido à utilização de tratores e maquinários, que não conseguem acessar estes locais.
- Diversos municípios estão vivendo situação econômica bastante delicada devido à oscilação do setor agrícola. Para o pesquisador, houve um excesso de safras frustradas pelas decorrentes secas.
- Na área urbana de Horizontina, ele destaca a ocupação desordenada de algumas áreas. Ao longo dos últimos anos, casas teriam sido construídas em áreas de banhado ou sobre pequenos morros, onde pode haver deslizamentos de terra.
Fonte: Roberto Witter / ZERO HORA
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