Rio Gravataí baixa todos os dias e preocupa cidades abastecidas por suas águas
Crédito: Vinícius Roratto
Crédito: Vinícius Roratto
Ano após ano, o Rio Grande do Sul enfrenta o problema da estiagem durante o verão, que faz o nível dos rios baixarem e as lavouras ficarem secas, causando perdas para vários setores. Contudo, desta vez o período está se prolongando e, segundo a MetSul Meteorologia, já soma 200 dias, e invade o outono. Os prefeitos de cerca de 380 municípios não tiveram outra alternativa a não ser decretar situação de emergência para obter ajuda do governo estadual.
• Números da estiagem impressionam no Estado
Atualmente, restam ainda 150 municípios com documentos vigentes no Estado, segundo a Defesa Civil, que já repassou R$ 18 milhões, desde janeiro, para ajuda humanitária, a serem investidos em cestas básicas, revitalização de poços artesianos e aquisição de caixas d’água. Foram afetadas pela estiagem em 2012 quase 2,9 milhões de pessoas. Entre as regiões mais prejudicadas, estão Produção, Campanha, Missões, Planalto e Alto Uruguai. “Houve desabastecimento de água, principalmente na área rural da Região da Campanha, e precisamos enviar alimentos, água potável e outros materiais”, disse o chefe da Comunicação Social da Defesa Civil do Estado, major Ari Fernando Ferreira dos Santos. Se comparar este ano com os anteriores, o número de decretos mais do que triplicou, o que expõe a gravidade.
Em 2011, 79 municípios estavam em situação de emergência, ano em que só duas cidades tiveram o documento homologado por conta da estiagem, segundo a Defesa Civil. O coordenador técnico da área de Agricultura da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Iberê Mesquita, classifica a atual situação do Estado como uma catástrofe, já que a pouca produtividade agrícola e o racionamento de água urbano em alguns locais comprometem a arrecadação das prefeituras e devem afetar os investimentos em todas as áreas. Segundo ele, os recursos aplicados no combate à estiagem são incipientes e insuficientes, em todos os níveis de governo. “As medidas sempre são de emergência e nunca de prevenção”, explicou.
Escassez atinge Vale do Rio Pardo
• Números da estiagem impressionam no Estado
Atualmente, restam ainda 150 municípios com documentos vigentes no Estado, segundo a Defesa Civil, que já repassou R$ 18 milhões, desde janeiro, para ajuda humanitária, a serem investidos em cestas básicas, revitalização de poços artesianos e aquisição de caixas d’água. Foram afetadas pela estiagem em 2012 quase 2,9 milhões de pessoas. Entre as regiões mais prejudicadas, estão Produção, Campanha, Missões, Planalto e Alto Uruguai. “Houve desabastecimento de água, principalmente na área rural da Região da Campanha, e precisamos enviar alimentos, água potável e outros materiais”, disse o chefe da Comunicação Social da Defesa Civil do Estado, major Ari Fernando Ferreira dos Santos. Se comparar este ano com os anteriores, o número de decretos mais do que triplicou, o que expõe a gravidade.
Em 2011, 79 municípios estavam em situação de emergência, ano em que só duas cidades tiveram o documento homologado por conta da estiagem, segundo a Defesa Civil. O coordenador técnico da área de Agricultura da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Iberê Mesquita, classifica a atual situação do Estado como uma catástrofe, já que a pouca produtividade agrícola e o racionamento de água urbano em alguns locais comprometem a arrecadação das prefeituras e devem afetar os investimentos em todas as áreas. Segundo ele, os recursos aplicados no combate à estiagem são incipientes e insuficientes, em todos os níveis de governo. “As medidas sempre são de emergência e nunca de prevenção”, explicou.
Escassez atinge Vale do Rio Pardo
A escassez de chuvas nos últimos sete meses no RS mostra os reflexos no cenário ao longo de diversos rios e arroios na Região do Vale do Rio Pardo. Em Santa Cruz do Sul, acostumados a enfrentar enchentes todos os anos, os moradores do bairro Várzea agora acompanham o baixo nível das águas do rio Pardinho. A situação deixa a Defesa Civil do município em alerta.
Na Praia dos Folgados, ponto localizado abaixo da barragem que capta água para o Lago Dourado, o nível do rio nos últimos dias apontou só 25 centímetros, enquanto o normal é 1,5 metro. Nas proximidades da ponte sobre a ERS 409, que liga Vera Cruz a Santa Cruz do Sul, o rio está ainda mais baixo e onde passava água se pode ver as pedras e os bancos de areia. A Defesa Civil local realiza, desde o início da semana, o monitoramento do nível do rio Pardinho. “Se não voltar a chover nos próximos dias, vamos ter problemas sérios no abastecimento”, diz o coordenador José Osmar Ipê da Silva.
Depois de o rio Jacuí atingir queda histórica no nível no dia 10 de maio, com 4,5 metros na jusante da Barragem do Anel de Dom Marco, o volume das águas aumentou nos últimos dias, depois das chuvas do fim de semana em algumas regiões do Estado. Nos últimos dias, a medição aumentou para 5,1 metros no complexo existente no interior de Rio Pardo, mas ainda bastante abaixo dos 7 metros normais no local. Desde novembro, o nível das águas não ultrapassa os 5 metros.
Além de mudar a paisagem, com o aparecimento de pedras, bancos de areia e galhos, a estiagem permitiu fazer a travessia do rio a pé, há uma semana, em alguns pontos nas proximidades da Praia dos Ingazeiros, em Rio Pardo. Pela primeira vez na história recente, os moradores podem enxergar algumas pedras no meio do rio, antes encobertas pela água. Na região de Salto do Jacuí, os alagues das barragens do Sistema Jacuí de geração de energia elétrica estão com o menor nível desde a instalação.
Arroio virou amontoado de poças
A estiagem de mais de sete meses causa transtornos à microrregião Centro-Serra, onde 27 localidades recebem água de Bombeiros Voluntários de Sobradinho. O Arroio Carijinho, que corta a área urbana da cidade, tem poucas poças de água e próximo à ponte do Bairro Vera Cruz, o esgoto é o que resta. O gerente da unidade local da Corsan, Marcelo Schweinghofer, ressalta que as pessoas devem se conscientizar de que é preciso racionalização no uso da água.
Recordes batidos no Alto Uruguai
A região do Alto Uruguai, com 32 municípios, já viveu estiagens mais graves, considerando o número de municípios castigados pela seca. Porém, a de 2012 para Erechim e Floriano Peixoto, é a pior de todos os tempos – as cidades já bateram todos os recordes de racionamento de água. Erechim, com 97 mil habitantes, está sob racionamento rigoroso de 14h/dia desde 6 de abril. Na sexta-feira, 18, o nível da barragem da Corsan estava 2,96 metros abaixo do normal. Segundo o gerente da companhia em Erechim, Rodimar Passaglia, o racionamento de água poderá ser suspenso se o nível chegar a 2,50 metros abaixo do normal. Ele acredita que seriam necessários 60 milímetros de chuvas.
Na Praia dos Folgados, ponto localizado abaixo da barragem que capta água para o Lago Dourado, o nível do rio nos últimos dias apontou só 25 centímetros, enquanto o normal é 1,5 metro. Nas proximidades da ponte sobre a ERS 409, que liga Vera Cruz a Santa Cruz do Sul, o rio está ainda mais baixo e onde passava água se pode ver as pedras e os bancos de areia. A Defesa Civil local realiza, desde o início da semana, o monitoramento do nível do rio Pardinho. “Se não voltar a chover nos próximos dias, vamos ter problemas sérios no abastecimento”, diz o coordenador José Osmar Ipê da Silva.
Depois de o rio Jacuí atingir queda histórica no nível no dia 10 de maio, com 4,5 metros na jusante da Barragem do Anel de Dom Marco, o volume das águas aumentou nos últimos dias, depois das chuvas do fim de semana em algumas regiões do Estado. Nos últimos dias, a medição aumentou para 5,1 metros no complexo existente no interior de Rio Pardo, mas ainda bastante abaixo dos 7 metros normais no local. Desde novembro, o nível das águas não ultrapassa os 5 metros.
Além de mudar a paisagem, com o aparecimento de pedras, bancos de areia e galhos, a estiagem permitiu fazer a travessia do rio a pé, há uma semana, em alguns pontos nas proximidades da Praia dos Ingazeiros, em Rio Pardo. Pela primeira vez na história recente, os moradores podem enxergar algumas pedras no meio do rio, antes encobertas pela água. Na região de Salto do Jacuí, os alagues das barragens do Sistema Jacuí de geração de energia elétrica estão com o menor nível desde a instalação.
Arroio virou amontoado de poças
A estiagem de mais de sete meses causa transtornos à microrregião Centro-Serra, onde 27 localidades recebem água de Bombeiros Voluntários de Sobradinho. O Arroio Carijinho, que corta a área urbana da cidade, tem poucas poças de água e próximo à ponte do Bairro Vera Cruz, o esgoto é o que resta. O gerente da unidade local da Corsan, Marcelo Schweinghofer, ressalta que as pessoas devem se conscientizar de que é preciso racionalização no uso da água.
Recordes batidos no Alto Uruguai
A região do Alto Uruguai, com 32 municípios, já viveu estiagens mais graves, considerando o número de municípios castigados pela seca. Porém, a de 2012 para Erechim e Floriano Peixoto, é a pior de todos os tempos – as cidades já bateram todos os recordes de racionamento de água. Erechim, com 97 mil habitantes, está sob racionamento rigoroso de 14h/dia desde 6 de abril. Na sexta-feira, 18, o nível da barragem da Corsan estava 2,96 metros abaixo do normal. Segundo o gerente da companhia em Erechim, Rodimar Passaglia, o racionamento de água poderá ser suspenso se o nível chegar a 2,50 metros abaixo do normal. Ele acredita que seriam necessários 60 milímetros de chuvas.
Fonte: Correio do Povo
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