domingo, 4 de março de 2012

Depósito de munições explode e deixa mais de 200 mortos na capital do Congo

Depósito de munições explode e deixa mais de 200 mortos na capital do Congo  Marc Hofer/AFP
  Nuvem de fumaça pôde ser vista de longe na manhã deste domingo
  Foto: Marc Hofer / AFP


     Uma série de explosões sacudiram neste domingo Brazzaville, a capital da República do Congo, logo após um incêndio em um depósito de armas e causaram a morte de pelo menos 206 pessoas, informaram autoridades. As explosões reduziram a escombros muitas construções da cidade e obrigaram cerca de duas mil pessoas a abandonarem suas casas.

     Em uma mensagem na televisão, o ministro da Defesa congolenho pediu calma e assegurou que as explosões "não foram por uma guerra ou golpe de Estado, e sim um incidente causado por um incêndio em um depósito de munições".

     Didier Boutsindi, representante da presidência, informou que um número indeterminado de pessoas ficaram presas em uma igreja que desabou. Os habitantes da cidade descreveram como "apocalíptica" a cena das explosões. Lâminas de metal retorcido cobriam as ruas. Testemunhas contaram que as explosões derrubaram portas de casas no centro da cidade.

     — Foi como se um tsunami tivesse passado por aqui — disse a estudante Christine Ibata.

     Segundo uma fonte, muitos feridos foram internados nos hospitais civis da capital, enquanto outros, vários deles oficiais de uniforme, eram atendidos nas ruas. Cinco explosões muito fortes sacudiram Brazzaville a partir das 8h locais (4h de Brasília) e até as 10h45min. De acordo com testemunhas, as detonações, muito fortes, provocaram cenas de pânico e foram sentidas em Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo, separada de Brazzaville pelo rio Congo.

     Detonações mais leves ainda eram ouvidas horas mais tarde. De acordo com testemunhas, as explosões provocaram cenas de pânico, que recordaram aos moradores da cidade o período da guerra civil, há uma década.

     — Vi dois feridos. Um tinha um ferimento na perna e outro no ombro, sem dúvida feridos nas casas que desabaram. Na minha casa um muro caiu — disse um morador. — Há muitas pessoas nas ruas, elas fogem com malas nas cabeças, os pés descalços, alguns apenas com a roupa do corpo. Não há transportes, não há ônibus, não há táxi — completou.

     O tráfego de passageiros no rio entre Kinshasa e Brazzaville foi suspenso até segunda-feira, segundo fontes do porto de Kinshasa.

Fonte: ZERO HORA, com informações da AP e AFP

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