quarta-feira, 28 de março de 2012

Suspensa interdição do Hospital Centenário em São Leopoldo

  Suspensa interdição do Hospital Centenário em São Leopoldo
  Crédito: Itamar Aguiar / Especial CP


     A juíza Mônica Aparecida Canato, da Justiça Federal de Novo Hamburgo suspendeu, no final da noite dessa terça-feira, a segunda interdição ética imposta pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) ao Hospital Centenário em São Leopoldo, no Vale do Sinos. 

     A medida havia sido tomada pelo Cremers na segunda-feira. Segundo o procurador-geral do município, Luiz Felipe Tronquini, a magistrada fundamentou a decisão na prevalência do direito à saúde. Para Tronquini, a Justiça percebeu que o hospital está de boa fé e desde a semana passada vem manifestando interesse em sanar as dificuldades e possibilitar atendimento à população carente do município. “A partir desta decisão, o Centenário segue funcionando normalmente”, garantiu o procurador-geral do município.

     A decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) de interditar o Hospital Centenário pegou de surpresa a Administração Pública de São Leopoldo e provocou críticas por parte do Executivo. O secretário geral de governo, Ibanês Mariano, havia dito que o ato estava na contramão das discussões feitas nos últimos dias. “Achamos que têm um viés político nessa decisão. Esperamos ser notificados formalmente, porque é sempre na madrugada que essas decisões são comunicadas, muitas vezes, de forma intempestiva”, ressaltou.

     Em reunião realizada nessa segunda-feira, o Cremers concluiu que o plano de melhorias apresentado pela direção do Centenário era insuficiente. Segundo o presidente do conselho, Rogério Aguiar, o documento não garantia que irregularidades apontadas seriam corrigidas imediatamente. “Existe uma deficiência de plantonistas que não permite cobrir a grade da emergência. Há falta de especialistas, por exemplo, tem um traumatologista”, explicou. 

     O Centenário é o único hospital público de São Leopoldo, sendo referência para 1 milhão de pessoas. O Cremers havia anunciado a suspensão das atividades médicas no local, em razão de problemas estruturais verificados durante vistoria.

Fonte: Correio do Povo

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