Buscas continuavam sendo realizadas no sábado (28), mas foram suspensas por medida de segurança
(Foto: Darrin Zammit Lupi/Reuters)
O mau tempo obrigou a suspender neste domingo (29) as tarefas de busca de desaparecidos do cruzeiro Costa Concordia, encalhado no litoral da ilha italiana de Giglio após ter naufragado no dia 13 de janeiro.
O forte vento e as ondas põem em risco a vida dos mergulhadores italianos empenhados na busca das 15 pessoas que continuam desaparecidas após o naufrágio, e por isso foi decidido suspender suas tarefas, informou a unidade de crise responsável pelas operações.
Além disso, segundo a imprensa italiana, as condições do mar estão fazendo o cruzeiro se movimentar com maior intensidade que nos últimos dias.
Os técnicos calcularam que nas últimas seis horas o casco se movimentou 3,5 centímetros , enquanto nos últimos dias ele deslizava dois ou três milímetros por hora.
Além disso, a previsão é que as condições meteorológicas continuem piorando nos próximos dias, por isso, foi planejada para este domingo uma reunião entre todas as equipes de busca para decidir os próximos passos.
O número de mortos no naufrágio aumentou a 17 no sábado (28), depois que os mergulhadores encontraram o corpo de uma mulher que vestia o uniforme da tripulação. Apesar de a informação ainda ser oficial, suspeita-se que se trate da peruana Erika Soria Molina, de 26 anos, que trabalhava como camareira no cruzeiro.
Combustível
Os trabalhos de preparação para a extração das 2.300 toneladas de combustível armazenadas nos tanques do cruzeiro continuam suspensos.
O porta-voz italiano da companhia holandesa Smit, que será responsável pela extração, Massimiliano Igueira, explicou em entrevista coletiva na ilha do Giglio que essa manobra "não será retomada antes do meio da próxima semana" por causa do mau tempo.
A companhia tinha previsto começar já neste fim de semana a extrair o combustível que ameaça o litoral e as águas de um dos parques marítimos mais importantes do país.
Nos últimos dias, os técnicos da companhia holandesa perfuraram quatro dos seis tanques nos quais estão armazenados 50% do combustível.
Ainda é preciso perfurar outros dois tanques para começar as tarefas de extração, que consistem em aquecer os tanques para liquidificar o combustível, que depois será levado a cisternas externas, enquanto a água do mar é bombeada para dentro dos reservatórios que ficam vazios para evitar que o navio possa se desequilibrar.
Os trabalhos para tirar o combustível do cruzeiro durarão cerca de 30 dias, segundo a Defesa Civil italiana.
Fonte: Do G1, com agências internacionais
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