O delegado seccional de Taubaté, Ivahir Freitas Garcia Filho, disse nesta quarta-feira (18) que pretende abrir um inquérito para investigar a gravidez de quadrigêmeos de Maria Verônica Vieira, moradora de Taubaté, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. A investigação da Polícia Civil será feita após declarações de um médico que atendeu a mulher no segundo semestre do ano passado e afirmou que, na ocasião, ela não estava grávida. Ainda segundo a polícia, há rumores de que o casal apresentou a ultrassonografia de outra grávida. O casal sustenta a veracidade da gravidez.
“Várias informações dão conta de que provavelmente essa senhora não estaria grávida. Há uma informação de que ela teria se utilizado de ultrassonografia de uma outra senhora, há informações do médico que a atendeu em meados do ano passado dizendo que naquele período não havia constatação de gravidez”, afirmou Garcia Filho.
A investigação foi iniciada após um pedido da Delegacia Geral de Polícia Civil de São Paulo. “A polícia instaura o inquérito para ver se o comportamento dessa senhora tem algum cunho que infrinja a legislação penal brasileira – verificar se as declarações que ela deu são verídicas, se não há nenhum tipo de informação oficial falsa, e ainda, se com essa gravidez ela tenha auferido qualquer tipo de vantagem econômica”, afirmou o delegado.
Segundo ele, o médico Wilson Vieira de Souza, que deu entrevistas afirmando que a mulher não estaria grávida, será chamado para prestar depoimento e apresentar eventuais exames e registros que comprovam as declarações. O casal também será chamado para depor, assim como seus atuais médicos. Caso seja comprovado que o exame de ultrassom apresentado pelo casal não pertence a Maria Verônica, a verdadeira dona do exame também será procurada.
Além disso, a polícia irá encaminhar Maria Verônica para um exame de corpo de delito. “Ela vai ser convidada a ir à delegacia, vai ser esclarecido a ela e vai ser apresentada uma requisição para que ela compareça ao Instituto Médico-Legal de Taubaté”, afirmou o delegado.
“Se ela alega que está grávida, não há razão para que ela se negue a fazer. Se ela se recusar, isso pode trazer um certo prejuízo na apuração dos fatos e um prejuízo a ela.”
“Se ela alega que está grávida, não há razão para que ela se negue a fazer. Se ela se recusar, isso pode trazer um certo prejuízo na apuração dos fatos e um prejuízo a ela.”
A polícia também irá lavrar termo circunstanciado para apurar uma denúncia de perturbação do casal por um repórter de uma rede de televisão. O boletim de ocorrência foi registrado pelo marido de Maria Verônica.
Segundo o delegado seccional, caso seja comprovado que a gravidez era falsa, a mulher pode responder por falsidade ideológica. Se eventualmente for comprovada alguma vantagem econômica em decorrência de falsa gravidez, ela poderá ser responder por estelionato. Eventuais responsabilidades do marido também poderão ser apuradas.
Nos últimos dois dias, o casal não quis dar entrevistas sobre o caso. O advogado Marcos Leite, que defende a mulher, não foi encontrado nesta quarta-feira para comentar o caso. Ao portal VNews, da TV Vanguarda, ele afirmou não ter conhecimento da investigação.
Nesta terça-feira (17), Leite afirmou ao G1 que Maria Verônica ela estava de repouso por orientação médica. Segundo ele, a medida foi tomada após a mulher ficar nervosa com a repercussão das notícias que dizem ser uma farsa sua gravidez. Ele reafirmou que ela está grávida. No entanto, o advogado disse que não irá apresentar os exames que comprovem a gestação para “preservar a privacidade do casal”.
Fonte: Juliana Cardilli / Do G1 SP, em Taubaté
Nenhum comentário:
Postar um comentário