segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

"Não pensei em nada", conta garoto que salvou criança de afogamento em Florianópolis

"Não pensei em nada", conta garoto que salvou criança de afogamento em Florianópolis Corpo de Bombeiros/Divulgação
  Renan, de cinco anos, foi levado ao Hospital Infantil Joana de Gusmão pelo helicóptero Arcanjo
  Foto: Corpo de Bombeiros / Divulgação


     Com 12 anos, Luiz Felipe de Almeida é um adolescente com sinais de timidez na voz. Quem conversa com ele, quase não consegue imaginar que ele foi capaz de um ato classificado como de heroísmo por muitos. Luiz acompanhava a mãe, um primo e outros familiares na tarde do último domingo, em um banho na Lagoa da Conceição. Foi ele quem salvou a vida de Renan André Dutra Coff de Araújo, de 5 anos, que estava se afogando.

     O caso foi por volta das 16h de domingo na Lagoa da Conceição, onde a água é tranquila. Renan estava acompanhado de um avô, que não teria visto quando o garoto não conseguiu reagir e voltar à tona.

     Luiz, que brincava na água, conta que foi um primo que o alertou para o que acontecia a poucos metros de onde estavam.

     — Ele viu e me avisou que tinha um menino embaixo da água e que não conseguiu voltar — descreve, quase 24 horas depois do caso.

     Enquanto Renan se debatia na água, Luiz foi em direção ao garoto de cinco anos sem titubear. Faz uns três anos que aprendeu a nadar e ele acredita que por ser relativamente magro e baixo o ajudou a ser mais ágil na água.

     — Na hora nem pensei em nada, só vi o menino se afogando e fui ajudar — conta o garoto.

     Quando alcançou a criança, Luiz o segurou e trouxe para a margem da Lagoa. Ali, ele foi reanimado por outras pessoas até a chegada de uma unidade terrestre dos Bombeiros e do helicóptero Arcanjo.

     As equipes fizeram o atendimento inicial no local, aquecendo e dando oxigênio para Renan, antes de encaminhá-lo para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital catarinense.

     No início da tarde desta segunda-feira, Renan apresentava sinais estáveis de saúde e continuava a receber medicamentos para prevenir de uma possível infecção que possa surgir em função da quantidade de água ingerida.

     Com poucas palavras, Luiz conta que não se vê como herói, apenas fez o que sentia ser o mais certo naquele momento. Luiz e Renan ainda não se encontraram depois daquele momento.

Fonte: DIÁRIO CATARINENSE

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