Michelle Obama, primeira-dama dos EUA, monta um prato saudável em visita à cantina de uma escola no estado da Virgínia (Foto: AFP Photo/Saul Loeb)
Estudantes norte-americanos, acostumados a uma alimentação a base de pizza e batata frita, vão encontrar mais frutas, vegetais e grãos integrais na hora do almoço nas escolas, segundo novas regras do governo anunciadas quarta-feira (25).
As novas regras do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) visam a aumentar a qualidade nutricional das refeições fornecidas pelo Estado e consumidas por cerca de 32 milhões de crianças em idade escolar.
As regras representam a primeira revisão importante dos padrões de refeições escolares em mais de 15 anos e têm por objetivo combater a crise de obesidade infantil do país -- quase um terço das crianças nos EUA está acima do peso ou obesa.
A reforma acontece poucos meses depois de parlamentares norte-americanos protegerem o status da pizza como um "vegetal" e descartarem os limites propostos em porções semanais de legumes ricos em amido, como as batatas.
Além das porções duplicadas de vegetais, a nova guia pede que se sirva apenas leite desnatado ou semidesnatado, tamanhos de porções apropriados para crianças e que haja uma redução de sódio, gordura saturada e gordura trans nos alimentos servidos.
As regras estão no Ato de Crianças Livres da Fome e Saudáveis, que foi defendido pela primeira-dama Michelle Obama. O presidente Barack Obama aprovou a medida no final de 2010.
As novas normas serão implementadas em fases ao longo do tempo, começando no ano escolar de 2012-2013. Estima-se que seu custo de implementação seja de cerca de 3,2 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, a começar no ano escolar de 2012-2013.
Os legisladores alteraram as regras de almoço nas escolas em novembro, quando impediram o USDA de limitar as porções semanais de batatas fritas e garantiram que pizza contava como uma porção de vegetal por causa do molho de tomate.
Associações comerciais representando os vendedores de pizza congelada ConAgra Foods e Schwan Food, assim como os vendedores de batata frita McCain Foods e J.R. Simplot, foram fundamentais no bloqueio de mudanças às regras que afetavam esses itens.
Fonte: G1 - Ciência e Saúde, com informações da Reuters
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