No Norte, por onde a droga entra no Brasil através da Bolívia e Peru, o oxi já vem sendo amplamente usado nas ruas há pelo menos dois anos, segundo delegados. “Fiz uma apreensão de 17 quilos de oxi há 17 anos no meu primeiro mês na polícia”, diz o delegado Silvano Alves Rabelo, da Polícia Civil do Acre.
Segundo ele, a droga avançou no estado, principalmente na capital, Rio Branco, com usuários que a adquiriam achando que se tratava de crack. “A olho nu, o oxi é igual ao crack. Além disso, ambas as drogas são consumidas da mesma forma.”
Os estados do Acre, Pará e Amazonas são os que primeiro registraram a presença do oxi. Desde o início de 2011, porém, a droga tem sido encontrada pela polícia nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. As maiores apreensões ocorreramem São Paulo , onde o Departamento de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil, apreendeu mais de 6 mil pedras. No Acre, o oxi é encontrado com maior grau de pureza e as pedras são vendidas por valores entre R$ 2 e R$ 5, segundo o delegado Maurício Moscardi, da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF. Pelo mesmo preço as pedras estão sendo vendidas na Cracolândia, região central de São Paulo.
Segundo ele, a droga avançou no estado, principalmente na capital, Rio Branco, com usuários que a adquiriam achando que se tratava de crack. “A olho nu, o oxi é igual ao crack. Além disso, ambas as drogas são consumidas da mesma forma.”
Os estados do Acre, Pará e Amazonas são os que primeiro registraram a presença do oxi. Desde o início de 2011, porém, a droga tem sido encontrada pela polícia nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. As maiores apreensões ocorreram
“O oxi apreendido
Pedra de oxi apreendida na Bahia (Foto: José Bispo)
A Polícia Civil já localizou laboratórios para produção de oxi em Heliópolis, na Zona Sul da capital, e em Ibiúna, Valinhos, Atibaia e Jundiaí. “Os pequenos traficantes fazem oxi até em balde, misturando de tudo, desde adrenalina, até cafeína e anestésicos, como cloridrato de lidocaína e a benzocaína”, acrescenta Castilhoni.
Apesar das recentes apreensões de oxi em quilo, ainda em pasta bruta, em Mato Grosso do Sul e Paraná, a droga que chega a São Paulo, segundo o delegado, é procedente da Bolívia. Questionado sobre o porquê de ainda não ter chegado ao Rio de Janeiro, ele negou ter conhecimento de que uma ou outra facção criminosa tenha decidido ou não vender o oxi. Na quarta-feira (18), 18 pedras de entorpecente que podem ser oxi foram encontradas em uma colônia de pescadores de Niterói, na região metropolitana do Rio. O material foi levado para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) para ser periciado “Ainda não temos nenhuma informação confirmada de oxi no Rio. Há algumas apreensões suspeitas, mas ainda estamos avaliando. O material está passando por perícia”, diz o chefe da Divisão de Combate às Drogas da Polícia Civil fluminense, Pedro Henrique Medina.
Entre maio e abril, vários estados, entre eles Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, anunciaram ter feito a primeira apreensão da droga, sempre em pequenas quantidades, de até um quilo ou menos de algumas dezenas de pedras, segundo a polícia. No Nordeste e em Santa Catarina , onde o oxi ainda não chegou, a polícia está preocupada e atenta para mudanças de perfil dos usuários.
Delegados ouvidos pelo G1 comentaram que há demora na confirmação de que a droga apreendida é mesmo oxi, pois é necessária perícia técnica especializada na droga que, além de demorada, muitas vezes inexiste nos estados.
Fonte: Tahiane Stochero / Do G1,
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