JUSTIÇA
Paciente sofreu trombose depois de tomar injeção
e teve membro amputado em 2009
Uma vendedora do interior do estado de São Paulo deu entrada em um hospital para fazer endoscopia e saiu do local sem parte do braço direito. Trombose no membro foi diagnosticada depois da paciente tomar uma injeção no pulso. O caso, publicado pelo portal G1, aconteceu em 2009 em um hospital filantrópico da capital paulista.
No dia 27 de abril daquele ano, Rosely Viviani, de 48 anos, teve dores no braço, na manhã seguinte o membro não tinha mais circulação sanguínea. Uma trombose foi constatada e em 7 de maio, depois de vários tratamentos sem solução, os médicos amputaram o antebraço da mulher.
O Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, na Zona Leste, ainda não explicou como a paciente internada para uma endoscopia saiu do hospital com um membro aparentemente saudável retirado.
Rosely foi fazer o exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS) depois de ter o diagnostico de câncer no útero e ovário. A endoscopia não comprovou tumores em outros órgãos.
Uma comissão interna do próprio hospital e uma sindicância do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) apuram o caso para saber se houve erro médico. Há suspeita de que uma enfermeira tenha aplicado o sedativo para a realização da endoscopia na artéria em vez da veia.
A demora no atendimento, denunciada por Rosely, também deverá ser apurada pelo hospital e Cremesp. A vítima afirma que depois de tomar Diazepan no braço se queixou de dores, mas só foi socorrida 26 horas depois.
Caso haja comprovação de algum tipo de erro por parte do hospital, os médicos poderão ser punidos com suspensão administrativa pelo hospital ou até ter a licença para exercer a profissão cassada pelo Cremesp. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) não recebeu registro sobre o caso.
O hospital e o Conselho de Medicina, também apuram a hipótese de que o próprio organismo da mulher tenha reagido de forma inesperada a algum remédio. Se for constatada essa possibilidade, a equipe médica hospitalar é inocentada.
Paciente buscou ajuda da defensoria pública
Rosely procurou a Defensoria Pública, que entrou na Justiça com uma ação indenizatória por danos morais e materiais em favor da vítima cobrando R$ 1,2 milhão do hospital e do Governo de São Paulo. A Defensoria entende que ocorreram falhas no procedimento médico e demora no atendimento à paciente.
A ação também é movida contra o Estado porque, segundo a defesa, todo paciente com câncer atendido pelo SUS precisa de atendimento médico de alta complexidade e isso é responsabilidade do governo.
Uma prótese de mão e antebraço, um carro adaptado e uma pensão para o filho, caso Rosely venha a morrer, também estão inclusas no processo.
A mulher ainda realiza quimioterapia para conter o avanço do câncer. Ela já passou por cirurgia para retirar útero e ovários.
Rosely, deixou de trabalhar por conta da deficiência. Ela vendia roupas, mas sem poder dirigir, precisou vender o Gol ano 1995. O dinheiro da venda serve para pagar algumas parcelas das mensalidades da faculdade de pedagogia, que decidiu fazer após a amputação. Antes, ela cursava letras, mas desistiu ao entrar em depressão por conta da perda do membro.
Atualmente, ela recebe um salário mínimo por mês de um plano do Governo federal. "É um auxílio doença", diz a mulher que usa uma tipoia para esconder o membro amputado e recebe ajuda do filho nas atividades domésticas.
A Justiça ainda analisa o pedido da indenização. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, "a ação, que deu entrada em 11 de fevereiro deste ano, está em andamento na 4ª Vara da Fazenda Pública da capital". "Não há decisão a respeito do caso."
No dia 27 de abril daquele ano, Rosely Viviani, de 48 anos, teve dores no braço, na manhã seguinte o membro não tinha mais circulação sanguínea. Uma trombose foi constatada e em 7 de maio, depois de vários tratamentos sem solução, os médicos amputaram o antebraço da mulher.
O Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, na Zona Leste, ainda não explicou como a paciente internada para uma endoscopia saiu do hospital com um membro aparentemente saudável retirado.
Rosely foi fazer o exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS) depois de ter o diagnostico de câncer no útero e ovário. A endoscopia não comprovou tumores em outros órgãos.
Uma comissão interna do próprio hospital e uma sindicância do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) apuram o caso para saber se houve erro médico. Há suspeita de que uma enfermeira tenha aplicado o sedativo para a realização da endoscopia na artéria em vez da veia.
A demora no atendimento, denunciada por Rosely, também deverá ser apurada pelo hospital e Cremesp. A vítima afirma que depois de tomar Diazepan no braço se queixou de dores, mas só foi socorrida 26 horas depois.
Caso haja comprovação de algum tipo de erro por parte do hospital, os médicos poderão ser punidos com suspensão administrativa pelo hospital ou até ter a licença para exercer a profissão cassada pelo Cremesp. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) não recebeu registro sobre o caso.
O hospital e o Conselho de Medicina, também apuram a hipótese de que o próprio organismo da mulher tenha reagido de forma inesperada a algum remédio. Se for constatada essa possibilidade, a equipe médica hospitalar é inocentada.
Paciente buscou ajuda da defensoria pública
Rosely procurou a Defensoria Pública, que entrou na Justiça com uma ação indenizatória por danos morais e materiais em favor da vítima cobrando R$ 1,2 milhão do hospital e do Governo de São Paulo. A Defensoria entende que ocorreram falhas no procedimento médico e demora no atendimento à paciente.
A ação também é movida contra o Estado porque, segundo a defesa, todo paciente com câncer atendido pelo SUS precisa de atendimento médico de alta complexidade e isso é responsabilidade do governo.
Uma prótese de mão e antebraço, um carro adaptado e uma pensão para o filho, caso Rosely venha a morrer, também estão inclusas no processo.
A mulher ainda realiza quimioterapia para conter o avanço do câncer. Ela já passou por cirurgia para retirar útero e ovários.
Rosely, deixou de trabalhar por conta da deficiência. Ela vendia roupas, mas sem poder dirigir, precisou vender o Gol ano 1995. O dinheiro da venda serve para pagar algumas parcelas das mensalidades da faculdade de pedagogia, que decidiu fazer após a amputação. Antes, ela cursava letras, mas desistiu ao entrar em depressão por conta da perda do membro.
Atualmente, ela recebe um salário mínimo por mês de um plano do Governo federal. "É um auxílio doença", diz a mulher que usa uma tipoia para esconder o membro amputado e recebe ajuda do filho nas atividades domésticas.
A Justiça ainda analisa o pedido da indenização. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, "a ação, que deu entrada em 11 de fevereiro deste ano, está em andamento na 4ª Vara da Fazenda Pública da capital". "Não há decisão a respeito do caso."
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
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