quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sigilo telefônico e celular desaparecido são as principais pistas para desvendar crime em Santa Cruz do Sul

Adolescente de 15 anos foi encontrada morta abaixo de penhasco na segunda-feira
Sigilo telefônico e celular desaparecido são as principais pistas para desvendar crime em Santa Cruz do Sul Cesar Lopes/Especial
Local onde o corpo foi encontrado não possui câmeras de vigilânciaFoto: Cesar Lopes / Especial

     A Delegacia de Proteção a Criança e Adolescentes (DPCA) analisa os dados do sigilo telefônico e investiga o desaparecimento do celular de Ana Paula Sulzbacher, 15 anos, para tentar desvendar como a adolescente foi morta em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. 

     O corpo da menina foi encontrado na tarde de segunda-feira, após quase três dias do seu desaparecimento, abaixo de um penhasco de 40 metros de altura que fica no Parque da Cruz. O celular de Ana Paula, com o qual ela estava ao sair de casa, não foi encontrado. Uma das possibilidades é que ele seja rastreado pela polícia. 

     Antes de encontrar o cadáver, a polícia trabalhava com a hipótese de que Ana Paula teria seguido em direção ao centro da cidade, com base no relato de testemunhas que viram ela caminhando sozinha, na noite de sexta-feira, nesta direção. 

     — Foi até uma surpresa o corpo ter sido encontrado no Parque da Cruz, que fica na direção completamente oposta — afirma o delegado responsável pelo caso, Miguel Mendes Ribeiro Neto. 

     O delegado também procura por possíveis câmeras de vigilância que possam ter registrado o percurso da menina e outras testemunhas. No entanto, o Parque da Cruz não possui câmeras e os vigilantes contratados pela prefeitura só trabalham diariamente das 8h às 18h. 

     A principal tese da polícia é de que o crime tenha sido cometido circunstancialmente, por alguém que Ana Paula não conhecia. Além disso, ele suspeita que ela tenha sido abusada sexualmente e jogada do penhasco. No entanto, o delegado ainda não descarta nenhuma outra possibilidade.

     Abalada, a família não sabe o que pode ter acontecido, já que a menina não tinha desavenças, e aguarda por novidades da polícia. 

     — Não temos o que fazer além de esperar — lamenta o pai Dário Sulzbacher, 39 anos. 

     Nesta terça-feira, amigos, colegas e ex-colegas de Ana Paula fizeram uma caminhada em silêncio pelo centro da cidade, portando cartazes e faixas, pedindo por justiça e mais segurança.

Fonte: Vanessa Kannenberg / ZERO HORA

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