Manifestantes pedem morte aos
agressores.
Mulheres seguram cartaz
pedindo punição aos estupradores em protesto na Índia (Foto: Reuters)
Centenas de indianos
foram às ruas da capital Nova Déli neste sábado (29) em protestos após a morte
da vítima de um estupro coletivo. A estudante de 23 anos morreu nesta
sexta-feira (28) em um hospital de Cingapura vítima das lesões decorrentes do
estupro e do espancamento sofrido no dia 16 de dezembro dentro de um ônibus.
Os manifestantes
tinham cartazes nos quais pediam a morte dos estupradores, e demandavam mais
segurança para as mulheres. Um grupo também rezou pela vítima, usando mordaças
na boca. A polícia local pediu que a população faça os protestos de maneira
pacífica. O centro da cidade foi fechado para evitar transtornos.
A morte da jovem foi
informada pelo hospital onde ela estava internada em Cingapura.
"Lamentamos informar que a jovem morreu às 4h45 [horário local]. Sua
família e autoridades indianas estavam ao seu lado", disse em um
comunicado Kelvin Loh, diretor-executivo do hospital Mount Elizabeth, para onde
a jovem foi levada de helicóptero da Índia no dia 26.
A situação da
estudante havia sido descrita mais cedo pelos médicos de Cingapura como
"lutando contra as probabilidades, e lutando por sua vida", depois de
ter sido diagnosticada com uma infecção pulmonar e lesões cerebrais, além do
registro de uma parada cardíaca.
Ela também havia sido
diagnosticada com graves lesões intestinais, resultado do espancamento com uma
barra de ferro durante o ataque na capital indiana. A estudante de medicina de
23 anos foi estuprada por quase uma hora e jogada de um ônibus em movimento na
capital Nova Déli.
Polícia pediu que
manifestantes faça atos pacíficos (Foto: AFP)
O ataque gerou
protestos pela Índia, com embates entre manifestantes e a
polícia durante marchas pela segurança das mulheres.
"Apesar de todos
os esforços da equipe de oito especialistas do hospital Mount Elizabeth para
mantê-la estável, sua condição continuou a piorar nesses dois últimos dias. Ela
sofreu insuficiência severa de órgãos após os graves danos ao seu corpo e
cérebro", disse o diretor. "Ela foi corajosa em sua luta pela vida
por tanto tempo, mas o trauma sentido pelo seu corpo foi severo demais para
superar", acrescentou.
A jovem não foi
identificada, mas alguns jornais locais a chamaram de "Amanat",
palavra urdu que significa "tesouro".
Mulheres rezam pela vítima
de estupro coletivo na Índia (Foto: AFP)
Fonte:
Do G1, com agências
internacionais
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