Autoridades
municipais pretendem realizar campanhas de castração e adoção
Os
inúmeros cães soltos nas ruas estão incomodando muita gente em Santo Augusto.
Os prejuízos vão desde as lixeiras reviradas até o risco de ataques aos
munícipes, fato já registrado no último ano.
Diariamente
os animais são vistos em todos os cantos da cidade. Nas redes sociais a
comunidade reclama, mas como os cães não tem donos e o município não possui um
canil para abrigá-los, de nada tem adiantado.
Nesse
sentido, nossa reportagem entrou em contato com a Vigilância Sanitária, para
saber qual a orientação e se há alguma alternativa sendo estruturada para
solucionar o problema. Na ocasião, fomos informados que diariamente muitas
reclamações chegam à Vigilância, tanto de abandono como de maus-tratos, e a
única medida é a identificação e o aconselhamento, para que os proprietários
cuidem dos seus animais.
Os
moradores do interior do município também relatam que é comum pessoas passarem
de carro e deixarem caixas com filhotes nas proximidades das casas ou as
margens das rodovias. No perímetro urbano, relatos indicam que o Cemitério João
XXIII é tido como alvo na hora de abandonar animais. Pessoas que residem
próximo ao local acolhem esses animais e utilizam a Rede Social Facebook ou até
mesmo as rádios locais para buscar famílias a fim de adotá-los.
A Médica
Veterinária da Prefeitura de Santo Augusto, Cândida Lodi Faccio conversou com a
nossa reportagem e disse que há a ideia de implantar “um projeto de castração
e/ou um centro de zoonose” no município, mas para isso se tornar realidade, um
projeto deve ser elaborado e aprovado na Câmara de Vereadores.
Em
contato com a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, conversamos com a
Diretora da divisão do Meio Ambiente, Cleusa Strada, ela nos informou que está
sendo articulada a realização de uma campanha de castração/adoção, mas para
isso se tornar realidade são necessários recursos e parcerias, e devido a isso,
não há data prevista para essa ação ser realizada.
Os
animais que estão nas ruas de Santo Augusto, em grande maioria, são
abandonados. E abandonar animal é crime. Por tanto entramos em contato com a
Polícia Civil (PC) e a Brigada Militar (BM) para saber se a comunidade
santo-augustense costuma denunciar esses fatos e a resposta foi negativa. De
acordo com o Policial Civil Aljares Luiz Machado, na delegacia “são raras as
denúncias nesse sentido”.
Confira o que diz o texto da Lei:
"Artigo
32 da Lei Federal nº. 9.605/98
È
considerado crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais
silvestres, doméstico ou domesticados, nativos ou exóticos.
Pena -
Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.
Parágrafo
1°. - Incorre nas mesmas Penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em
animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem
recursos alternativos.
Parágrafo
2°. - A Pena é aumentada de 1 (um) terço a 1(um) sexto, se ocorrer a morte
do(s) animal(s)."
Os atos
de maus-tratos e crueldades mais comuns são:
abandono;
manter animal preso por muito tempo sem comida e contato com seus donos/responsáveis;
deixar animal em lugar impróprio e anti-higiênico;
envenenamento;
agressão física, covarde e exagerada;
mutilação;
utilizar animal em shows, apresentações ou trabalho que possa lhe causar pânico e sofrimento;
não procurar um veterinário se o animal estiver doente;
manter animal preso por muito tempo sem comida e contato com seus donos/responsáveis;
deixar animal em lugar impróprio e anti-higiênico;
envenenamento;
agressão física, covarde e exagerada;
mutilação;
utilizar animal em shows, apresentações ou trabalho que possa lhe causar pânico e sofrimento;
não procurar um veterinário se o animal estiver doente;
Isto
serve para os animais domésticos mais comuns como cães, gatos e pássaros,
também cavalos usados em trabalho de tração, além de animais criados e
domesticados em sítios, chácaras e fazendas. Animais silvestres estão inclusos
nessa Lei, possuindo também Leis e Portarias próprias criadas pelo IBAMA.
Dpto.
Jornalismo RQ
Postado por: Maira Kempf
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