Antes do encontro com prefeitos, Cairoli
concedeu entrevista à imprensa local e anunciou que o dia 13 de fevereiro será
o dia - Foto: Foto: Daniela Barcellos/Palácio Piratini
O combate ao mosquito Aedes
aegypti levou o governador em exercício José Paulo Cairoli à Ijuí nesta
terça-feira (26). Acompanhado do secretário da Saúde (SES), João Gabbardo dos
Reis, e do chefe da Casa Militar, tenente coronel Everton Oltramari, ele reuniu
prefeitos e secretários municipais de saúde da Região Noroeste, no Salão de
Atos da Unijuí, para tratar de estratégias de monitoramento, prevenção e
combate ao Aedes, responsável pela transmissão da dengue, da zika e da
chikungunya.
Antes do encontro, Cairoli
concedeu entrevista à imprensa local e anunciou que o dia 13 de fevereiro será
o dia "D" contra o Aedes no Brasil. "Por determinação da
presidente Dilma, 220 mil homens do exercito estão em todo o país para
conscientizar as pessoas e vistoriar casas. Destes 220 mil, 20 mil estarão
percorrendo o Rio Grande do Sul. Porém, por determinação governamental, o
estado terá mais 20 mil agentes da área da saúde e outros 20 mil técnicos de
secretarias estaduais e municipais”, antecipou. Ao todo, serão 60 mil agentes,
orientando a população a identificar criadouros e a multiplicar ações preventivas.
Gabardo alertou que o número de notificações de dengue nas primeiras semanas de 2016 triplicou em comparação com o mesmo período de 2015. "Hoje o nosso objetivo é combater o mosquito. Para daqui a 30 dias, não termos hospitais lotados com casos de dengue e nem a circulação do zika virus”, alertou. O secretário disse ainda que o Ministério da Saúde estima que em 2016, o Brasil terá 100 mil casos de microcefelia.
Casos no RS
Nas primeiras três semanas de 2016, foram notificados 265 casos de dengue. Destes, 15 foram confirmados (todos contraídos fora do Estado). Em comparação ao mesmo período do ano passado, foram 81 casos notificados e um confirmado, também importado. "Consideramos muito preocupante o crescimento dos casos entre um ano e outro, pois isso significa que também aumentou a circulação do mosquito, bem como o número de municípios infestados", avaliou o secretário.
Quanto à chikungunya, foram registrados 16 casos suspeitos, sem confirmação até agora. Também foram registrados 40 casos de contaminação por zika vírus, entre 2015 e as três primeiras semanas deste ano, sem nenhuma confirmação.
"Quando nós temos dengue significa que nós temos o mosquito, e se temos o Aedes aegypti poderemos ter a transmissão do zika. Acabar com o mosquito é a única maneira de parar a transmissão das doenças", explicou o secretário Gabbardo.
Na Região Noroeste, 18 municipios estão com indíces de infestação do mosquito considerados críticos. São elas: Salto do Jacuí, Ibrubá, Tupaciretã, Butia, Eugênio de Castro, Santo Ângelo, Santa Rosa, Cândido Godói, Boa Vista do Buricá, Chapada, Sarandi, Palmeira das Missões, Panambi, Campo Novo, Chiapeta, Frederico Westphalen, Erval Seco e Três Passos.
Principais ações no RS
Para intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, o governo do Estado criou em dezembro de 2015, o Comitê Estadual Intersetorial de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, coordenado pela SES. O órgão conta com a participação de 13 secretarias estaduais, além da Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs).
Em dezembro também teve início uma operação em parceria com o Exército para a eliminação dos focos do inseto. Agentes comunitários de saúde e visitadores do Programa Primeira Infância Melhor (PIM) começam a receber capacitação para que atuem diretamente no combate ao mosquito.
RScontraAedes
Também em dezembro de 2015, foi lançada a campanha RScontraAedes, um conjunto de ações de informação, prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. A força-tarefa reúne SES, Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e TelessaúdeRS/Ufrgs. As informações estão disponíveis no site RScontraAedes.ufrgs.br e pelo 0800-645-3308 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30). Lançado em 18 de dezembro de 2015, os sistemas já realizaram mais de 1,5 mil atendimentos, entre denúncias e orientações.
Os canais estão disponíveis para dúvidas e informações sobre as doenças, assim como denúncias de focos do mosquito, que são encaminhadas para o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Coordenadorias Regionais de Saúde e municípios. Outra opção é contatar o celular (51) 9184-7821 via WhatsApp ou telegrama.
Monitoramento
Em janeiro, foi inaugurada a Sala de Monitoramento das Ações Estratégicas, que concentra todos os representantes das entidades envolvidas no combate ao mosquito Aedes aegypti. Instalada na Secretaria da Saúde, no 6º andar do Centro Administrativo Fernando Ferrari, a sala serve como espaço para avaliações e tomada de decisões.
A criação das salas de monitoramento nos estados foi recomendada pelo Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, o espaço foi viabilizado a partir de parcerias com o Hospital Moinhos de Vento, Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul).
Aplicativo
O projeto TelessaúdeRS/Ufrgs lança o aplicativo RS Contra Aedes, para denúncia de focos do mosquito e a prevenção das doenças por ele causadas. O download é gratuito e pode ser feito nas versões Android e em breve em iOS. Por meio do aplicativo, a população pode saber mais sobre o que é e como se manifestam os sintomas do zika, dengue e chikungunya.
O usuário também responde a questionário que o ajuda a descobrir quais lugares em sua casa podem se tornar criadouros do Aedes. Além disso, o APP possui um alerta para lembrá-lo, semanalmente, de verificar esses locais e garantir sua residência livre de focos do mosquito.
O aplicativo estende aos smartphones os serviços que já estavam disponíveis pelo site RScontraAedes.ufrgs.br e 0800 645 3308. Até o final deste mês, a parceria da SES com o Telessaúde deve lançar um outro aplicativo direcionado para os agentes de saúde. Pelo sistema, os profissionais poderão registrar as informações das visitas realizadas às residências.
Agentes comunitários
Foi assinada uma resolução que cria o plano de ação para os agentes comunitários de saúde no trabalho de combate ao mosquito. Agora, as equipes de Saúde da Família realizarão ações de combate aos criadouros do inseto e de orientação sobre as doenças transmitidas pelo vetor, durante as visitas domiciliares. Com isso, os três mil agentes de endemias terão o apoio de mais de 10 mil profissionais, entre agentes comunitários e do PIM. Com essa atribuição, o plano prevê que todas as residências no raio de ação das equipes sejam visitadas a cada 30 dias.
Gabardo alertou que o número de notificações de dengue nas primeiras semanas de 2016 triplicou em comparação com o mesmo período de 2015. "Hoje o nosso objetivo é combater o mosquito. Para daqui a 30 dias, não termos hospitais lotados com casos de dengue e nem a circulação do zika virus”, alertou. O secretário disse ainda que o Ministério da Saúde estima que em 2016, o Brasil terá 100 mil casos de microcefelia.
Casos no RS
Nas primeiras três semanas de 2016, foram notificados 265 casos de dengue. Destes, 15 foram confirmados (todos contraídos fora do Estado). Em comparação ao mesmo período do ano passado, foram 81 casos notificados e um confirmado, também importado. "Consideramos muito preocupante o crescimento dos casos entre um ano e outro, pois isso significa que também aumentou a circulação do mosquito, bem como o número de municípios infestados", avaliou o secretário.
Quanto à chikungunya, foram registrados 16 casos suspeitos, sem confirmação até agora. Também foram registrados 40 casos de contaminação por zika vírus, entre 2015 e as três primeiras semanas deste ano, sem nenhuma confirmação.
"Quando nós temos dengue significa que nós temos o mosquito, e se temos o Aedes aegypti poderemos ter a transmissão do zika. Acabar com o mosquito é a única maneira de parar a transmissão das doenças", explicou o secretário Gabbardo.
Na Região Noroeste, 18 municipios estão com indíces de infestação do mosquito considerados críticos. São elas: Salto do Jacuí, Ibrubá, Tupaciretã, Butia, Eugênio de Castro, Santo Ângelo, Santa Rosa, Cândido Godói, Boa Vista do Buricá, Chapada, Sarandi, Palmeira das Missões, Panambi, Campo Novo, Chiapeta, Frederico Westphalen, Erval Seco e Três Passos.
Principais ações no RS
Para intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, o governo do Estado criou em dezembro de 2015, o Comitê Estadual Intersetorial de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, coordenado pela SES. O órgão conta com a participação de 13 secretarias estaduais, além da Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs).
Em dezembro também teve início uma operação em parceria com o Exército para a eliminação dos focos do inseto. Agentes comunitários de saúde e visitadores do Programa Primeira Infância Melhor (PIM) começam a receber capacitação para que atuem diretamente no combate ao mosquito.
RScontraAedes
Também em dezembro de 2015, foi lançada a campanha RScontraAedes, um conjunto de ações de informação, prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. A força-tarefa reúne SES, Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e TelessaúdeRS/Ufrgs. As informações estão disponíveis no site RScontraAedes.ufrgs.br e pelo 0800-645-3308 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30). Lançado em 18 de dezembro de 2015, os sistemas já realizaram mais de 1,5 mil atendimentos, entre denúncias e orientações.
Os canais estão disponíveis para dúvidas e informações sobre as doenças, assim como denúncias de focos do mosquito, que são encaminhadas para o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Coordenadorias Regionais de Saúde e municípios. Outra opção é contatar o celular (51) 9184-7821 via WhatsApp ou telegrama.
Monitoramento
Em janeiro, foi inaugurada a Sala de Monitoramento das Ações Estratégicas, que concentra todos os representantes das entidades envolvidas no combate ao mosquito Aedes aegypti. Instalada na Secretaria da Saúde, no 6º andar do Centro Administrativo Fernando Ferrari, a sala serve como espaço para avaliações e tomada de decisões.
A criação das salas de monitoramento nos estados foi recomendada pelo Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, o espaço foi viabilizado a partir de parcerias com o Hospital Moinhos de Vento, Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul).
Aplicativo
O projeto TelessaúdeRS/Ufrgs lança o aplicativo RS Contra Aedes, para denúncia de focos do mosquito e a prevenção das doenças por ele causadas. O download é gratuito e pode ser feito nas versões Android e em breve em iOS. Por meio do aplicativo, a população pode saber mais sobre o que é e como se manifestam os sintomas do zika, dengue e chikungunya.
O usuário também responde a questionário que o ajuda a descobrir quais lugares em sua casa podem se tornar criadouros do Aedes. Além disso, o APP possui um alerta para lembrá-lo, semanalmente, de verificar esses locais e garantir sua residência livre de focos do mosquito.
O aplicativo estende aos smartphones os serviços que já estavam disponíveis pelo site RScontraAedes.ufrgs.br e 0800 645 3308. Até o final deste mês, a parceria da SES com o Telessaúde deve lançar um outro aplicativo direcionado para os agentes de saúde. Pelo sistema, os profissionais poderão registrar as informações das visitas realizadas às residências.
Agentes comunitários
Foi assinada uma resolução que cria o plano de ação para os agentes comunitários de saúde no trabalho de combate ao mosquito. Agora, as equipes de Saúde da Família realizarão ações de combate aos criadouros do inseto e de orientação sobre as doenças transmitidas pelo vetor, durante as visitas domiciliares. Com isso, os três mil agentes de endemias terão o apoio de mais de 10 mil profissionais, entre agentes comunitários e do PIM. Com essa atribuição, o plano prevê que todas as residências no raio de ação das equipes sejam visitadas a cada 30 dias.
Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul
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