quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Diretor da Uirapuru declara que nenhuma ameaça vai mudar o perfil da rádio que sempre esteve ao lado do povo


Na noite da última segunda-feira (25), uma rixa antiga resultou na morte de  um jovem de 19 anos. Ele foi morto a tiros, dentro de um carro, enquanto passava pela Avenida Brasil, próximo ao colégio Notre Dame. A vítima possuía antecedentes e teria uma desavença com o autor do assassinato. Após o ocorrido, um sargento aposentado da Brigada Militar se apresentou para os policiais como autor dos disparos, motivo pelo qual vai responder em liberdade.

Por conta de uma determinação de proteção ao policial aposentado, o que seria de praxe nestes casos, a imprensa de Passo Fundo não foi autorizada a divulgar o nome dele. Por volta das 9hs da manhã da última terça-feira, a Uirapuru recebeu uma série de ligações de pessoas se identificando como parentes da vítima, cobrando a divulgação do nome.

As ligações passaram para ameaças, que foram feitas fora do ar, com promessa de invasão à emissora e até mesmo atear fogo. Uma ligação inclusive foi ao ar, onde o suposto parente da vítima exigia a divulgação do nome. O diretor  da Rádio Uirapuru, Jerônimo de Paiva Fragomeni, falou  ao vivo, na manhã de ontem (27) e  repudiou a ameaça, classificada contra à todos os ouvintes da Uirapuru e à própria  liberdade de imprensa.

Jerônimo Fragomeni afirmou que este tipo de ameaça não intimida a emissora, que tem como papel informar, cobrar o cumprimento das leis e apoiar a comunidade. Destacou que há 35 anos essa é uma característica da Uirapuru, que sempre esteve ao lado do povo, na conformidade da lei. O fato não tem justificativa e não irá mudar o perfil do trabalho da Uirapuru, que há quase 35 anos desempenha um papel único na sociedade.


Fonte: Rádio Uirapuru | Passo Fundo

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