Municípios abrangidos pela coleta - Foto:
Divulgação CEVS
A Secretaria Estadual da
Saúde(SES/RS), em parceria com o Ministério da Saúde, enviará 76 amostras de
água coletadas por todo o Rio Grande do Sul para análise na Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro. Com o apoio das Coordenadorias Regionais de
Saúde, o propósito desta análise é verificar a presença de agrotóxicos nas
amostras. O material será enviado pelo Laboratório Central do Estado (LACEN).
As coletas serão feitas em 38 municípios em 2016. São eles Novo
Hamburgo, Alvorada, Camaquã, Charqueadas, Guaíba, Canguçu, Jaguarão, Palmares
do Sul, Rio Grande, São Lourenço do Sul, Capão do Cipó, Júlio de Castilhos,
Santa Maria, São Sepé, Muitos Capões, Nova petrópolis, Coxilha, Sananduva,
Sertão, Bagé, Candiota, Dom Pedrito, Sobradinho, Tupanciretã, Alegrete, Santana
do Livramento, Santo Ângelo, São Borja, Rio Pardo, Vera Cruz, Giruá, Santa
Rosa, Lajeado, Capão da Canoa, Mampituba, Maquiné, Frederico Westphalen e Três
Passos.
Em 2015 foram contemplados
apenas municípios da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí. Para 2016 o critério é
recolher pelo menos duas amostras de água em cada bacia hidrográfica. Serão
feitas coletas em janeiro e julho deste ano.
O monitoramento de agrotóxicos
em água para consumo humano tem como objetivo avaliar a possível exposição
humana a substâncias químicas.O Rio Grande do Sul é o quarto estado com maior
volume de vendas de agrotóxicos, alcançando 50 mil toneladas em 2013, conforme
dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA). Os agrotóxicos podem chegar na água por fatores intrínsecos
às substâncias, propriedades do solo, condições climáticas e formas de aplicação
do produto.
Os agrotóxicos, quando detectados na água, são definidos como
micropoluentes, compostos químicos que, mesmo em baixas concentrações, conferem
à água características de toxicidade tornando-a imprópria para uso. Muitos
destes compostos provocam efeitos no sistema nervoso central humano que são
bastante fortes à saúde, além de características carcinogênicas (câncer),
mutagênicas (sujeito à mutação) e até mesmo teratogênicas (anomalias e
malformações). Por isso a importância da realização destas análises de
vigilância. Em resultados parciais de 2015, nenhum parâmetro foi detectado.
“Esse processo é importante para que possamos avaliar o risco de
contaminação para a saúde pública”, diz o engenheiro químico Luciano Barros
Zini, do programa Vigiágua, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS).
Conforme ele, mesmo que a pessoa não beba a água que sai da torneira, pode ter
uma exposição através da água do chimarrão ou até mesmo através dos poros
durante o banho”.
Além das coletas de água pela vigilância, também são realizadas
coletas semestrais de controle pelas empresas de tratamento e os resultados são
analisados pela equipe de fiscalização estadual e municipal do VIGIAGUA.
Fonte: Secretaria
Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul
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