sábado, 5 de setembro de 2015

Dilma defende democracia e direito de manifestação após declarações do vice

Temer questionou capacidade do governo se manter "com popularidade tão baixa"

Temer questionou capacidade do governo se manter
   Temer questionou capacidade do governo se manter "com popularidade tão baixa"
   Foto: Roberto Stuckert Filho/PR/CP

A presidente da República, Dilma Rousseff, destacou, nesta sexta-feira em Campina Grande (PB), a democracia, que, segundo ela, permite o direito à manifestação, mesmo que seja contrária ao seu governo. Na quinta-feira, o vice-presidente, Michel Temer, comentou, ao ser questionado sobre a reprovação do mandato atual, que "nenhum governo resiste com popularidade tão baixa".

Durante discurso no evento de promoção do Dialoga Brasil, novo canal de comunicação do governo com a população na internet, a presidente afirmou que o direito das pessoas se manifestarem, "mesmo contrário ao meu governo, é um direito sagrado, desde que sem violência".

"Nós sabemos que o preço da intolerância é a divisão, transformar o outro em um inimigo”, acrescentou Dilma às vésperas do desfile cívico-militar de 7 de setembro, quando são esperadas manifestações contra o governo. “Na minha época, se manifestar de forma clara contra o governo dava cadeia, quando não dava coisa pior. Portanto, essa conquista preservaremos a todo custo, com imprensa livre e manifestação de opinião. Isso Interessa a esse país”, disse.

No discurso, Dilma também citou o Bolsa Família e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como exemplos de que o governo está trabalhando para dar igualdade de oportunidades a todos, apesar das “eventuais falhas” de gestão. “Acho que a principal característica do governo, em que pese nossas eventuais falhas, foi olhar para o povo desse país e perceber que somos diferentes uns dos outros, mas temos de ter as mesmas oportunidades. É isso que caracteriza o meu governo. A oportunidade social e o direito das regiões.”

Em um momento de descontração, Dilma respondeu a várias pessoas da plateia que insistiam em levantar cartazes para ela durante o discurso. Com bom humor, a presidente interrompeu e pediu para abaixarem os cartazes por um motivo simples: ela não enxergava nada. “Não adianta levantar papel, eu não enxergo à noite. Sou cega que nem uma coruja. Se bem que não sei se a coruja enxerga bem ou não."


Agência Brasil
Correio do Povo

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