Peça estava na bolsa da
lateral Tamires que foi roubada na sexta-feira.
Medalha foi
colocada debaixo de portão e está riscada.
Tamires exibe a medalha de
ouro do Pan após vitória sobre a Colômbia
(Foto: Tom Szczerbowski-USA
TODAY Sports/Reuters)
A
medalha de ouro da jogadora Tamires Britto, lateral da seleção brasileira, que
tinha sido roubada na sexta-feira (31), foi colocada debaixo do portão de
uma vizinha da casa da família, em Santo André, no ABC Paulista. A peça foi
encontrada na manhã deste sábado (1º) por uma funcionária do salão de beleza
vizinho à casa do sogro de Tamires.
Tamires
estava com a família, saindo da casa no Parque Jaçatuba, quando dois rapazes
armados anunciaram o roubo. A medalha de ouro do Panamericano de Toronto foi conquistada no jogo contra a Colômbia no dia 25 e
estava na bolsa de Tamires. A atleta participaria de um programa de televisão.
A
atleta disse ao G1 neste sábado que está aliviada e que
os ladrões devem ter devolvido ao perceber que a medalha é apenas banhada a
ouro. "Quem bom que se sensibilizaram. Se fosse toda de ouro, com certeza
iriam derreter", disse. Ela afirmou também que a devolução foi
provavelmente motivada por medo por parte dos ladrões, já que o caso ganhou
repercussão na imprensa.
Medalha da jogadora Tamires
com riscos no meio;
peça é banhada a ouro (Foto: Arquivo pessoal)
peça é banhada a ouro (Foto: Arquivo pessoal)
Tamires,
que é lateral-esquerda, afirmou ainda que lutou muito pela medalha e que estava
triste em não tê-la mais. "Não fiquei nem seis dias com ela. Você dá um
duro danado para conquistar uma medalha, que é da nação brasileira, para dois
'Zé Ruela' virem e levarem embora."
Após
ficar um mês no Canadá, a jogadora lamentou a falta de segurança no Brasil.
"Lá a gente vê a as casas sem portão, com jardim na frente, e aqui as
pessoas têm que morar em prisões por conta da violência", disse.
Após
conquistar a medalha de ouro, a atleta firmou contrato com um clube da
Dinamarca e está de mudança para a Europa.
Tamires e as jogadoras do
Brasil participaram de cerimônia na CBF com as medalhas na quinta-feira
(Foto: Rafael Ribeiro / CBF
/ Divulgação)
Assalto
Ela
contou que estava saindo da casa da sogra, quando uma vizinha chegou com um
carro de luxo e desceu para cumprimentá-la pela conquista. "Estava me
preparando para entrar em meu carro, quando ela [vizinha] veio me cumprimentar.
Foi nessa hora que dois moleques vieram da esquina e pediram as alianças,
relógios, bolsas. Levaram o carro da vizinha, entraram no meu carro, onde
estava meu filho de 5 anos e minha sobrinha de 10 anos. Pegaram meu celular e
minha bolsa, onde estava a medalha."
A
sogra da jogadora, Márcia Araújo, disse ao G1 que foi tudo muito rápido. "Ela
estava saindo quando fomos surpreendidos. Foi um arrastão. Estávamos em oito
pessoas, seis adultos e duas crianças. E ainda levaram o carro da vizinha. Eles
[ladrões] chegaram andando, mas desconfio que tivessem alguém dando
cobertura."
A
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tinha informado que faria uma réplica
da medalha de ouro para Tamires, ideia que agora deverá ser abortada em razão
de a original ter sido devolvida.
Tamires (número 6) comemora
com as jogadoras a vitória na final do Pan
Foto: Tom Szczerbowski-USA
TODAY Sports/Reuters)
Márcio Pinho
Do G1 São Paulo
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