sexta-feira, 3 de julho de 2015

Preso falso pastor suspeito de liderar tráfico em Novo Hamburgo

Homem de 47 anos é investigado como mandante de homicídio

Falso pastor é preso suspeito de liderar tráfico em Novo Hamburgo | Foto: Diego da Rosa / Jornal NH / CP
   Falso pastor é preso suspeito de liderar tráfico em Novo Hamburgo | Foto: Diego da Rosa / Jornal NH / CP

Um falso pastor, suspeito de liderar o tráfico de drogas no bairro Kephas e de mandar matar um homem, foi preso no começo da manhã desta sexta-feira durante uma operação da Polícia Civil em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. A ofensiva, chamada de 19 de abril, prendeu ainda o executor do crime, ocorrido há três meses. 

A operação, coordenada pelo titular da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo, Enizaldo Plentz, começou a investigação contra o falso pastor, conhecido como Índio, em abril, mês da morte de um homem de 32 anos. De acordo com Plentz, Índio tinha uma clínica de reabilitação para drogados que usava como fachada para comercializar entorpecentes.  

"Essa clínica, chamada de Vida Nova, era usada pelo Índio para recrutar drogados para vender entorpecentes. Além disso, ele assustava a comunidade do bairro Kephas. Ele se utilizava dessa figura de pastor, mas na realidade era muito violento e se apossava de terrenos dos moradores, tanto que é suspeito de grilagem", explicou em entrevista ao Correio do Povo.  

Conforme o delegado, durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão e mais quatro de prisão preventiva, Índio tentou resistir à prisão e chegou a sacar uma arma. Como os policiais estavam em maior número, ele desistiu e acabou se entregando. "Encontramos um verdadeiro arsenal na casa dele. Residência, aliás, que tem 10 mil metros quadrados, dois pisos, tudo conquistado através de ameaças e da obtenção de terrenos", frisou. 

Embora tenha sido preso como mandante de um homicídio e pela posse de armas de grosso calibre, Índio é investigado por outras três mortes, segundo Enizaldo Plentz. O delegado explicou que a operação ganhou o nome de 19 de abril por ser o Dia do Índio, em referência ao homem preso na ação desta sexta. 


Luiz Felipe Mello
Correio do Povo

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