Concessionária alegou havia
risco de problema maior se o trem parasse.
Governo afirmou
que irá cobrar punição rigorosa aos responsáveis.
Foto: Reprodução
A
Supervia admitiu nesta quinta-feira (30) ter autorizado a passagem de um trem
sobre o corpo de um homem que tinha sido atropelado na Estação de Madureira, Zona Norte do Rio. O governo
afirmou que os responsáveis serão punidos.
O
acidente ocorreu na terça-feira (28). Conforme mostrou o RJTV, há imagens que mostram o
corpo sobre os trilhos e o trem se aproximando. Um homem de
roupa laranja, que parece ser funcionário da Supervia, acena para o maquinista.
O trem, então, avança devagar. Outro vídeo, gravado por um telespectador,
registra o momento exato em que a composição passa sobre o corpo do homem.
Pelas
imagens não é possível saber se antes de ser atropelado o homem já estava
morto. Ele foi identificado como Adílio Cabral dos Santos e seria um
vendedor ambulante. Seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal.
A
concessionária informou, em nota, que por causa do horário de pico, autorizou a
passagem do trem, mesmo com uma pessoa nos trilhos. No comunicado, a Supervia
afirma que o trem tinha altura mais do que suficiente para não atingir a vítima
e que, apenas a partir dessa constatação, confirmada pelos agentes, e diante do
risco de um problema maior com a retenção de diversos trens, o centro de
controle tomou a decisão de autorizar a passagem do trem.
A
nota diz ainda que o episódio é consequência de um problema de infraestrutura
causado pela falta de isolamento da malha ferroviária.
Nenhum
porta-voz da Supervia quis dar entrevista ao RJTV sobre o caso.
No
dia do acidente, a concessionária também informou, por nota, que por volta das
17h da, agentes acionaram imediatamente os Bombeiros para atender um homem que
foi atingido por um trem.
Mas, o Corpo de Bombeiros tem outra versão. A corporação afirmou que foi chamada apenas por volta das R$ 19h15, ou seja, duas horas depois, mas para uma outra ocorrência, não relacionada com a morte por atropelamento. Segundo os bombeiros, tratava de uma ocorrência de trauma. Já durante o atendimento, a equipe foi informada pelos funcionários da Supervia de que havia um corpo na linha férrea, próximo ao local de atendimento à vítima de trauma. Um policial militar já estava no local aguardando perícia. A equipe dos Bombeiros, após constatar o óbito, deu seguimento ao atendimento de trauma para o qual foi acionada.
O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, afirmou disse que os responsáveis vão ser punidos.
“O centro de controle tem a visão de tudo que acontece no sistema, de que tem em cada trilho, e é ele que dá o comando ao maquinista. Se aquele trem estava irregularmente naquele trilho, alguma falha aconteceu. Nós precisamos entender quem deu a autorização pra que o trem prosseguisse, mesmo com o corpo na pista. Isso tudo será apurado pela agência independente, que já abriu uma investigação, e a nossa determinação é a punição rigorosa àqueles que causaram esse incidente, que é inaceitável, uma desumanidade, isso não pode ser tolerado”, afirmou Osório.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil afirmou que o incidente é uma "barbaridade", por tratar o corpo como algo descartável. A Agetransp - agência reguladora do serviço de transporte - e a Polícia Civil declararam que estão apurando o caso.
Mas, o Corpo de Bombeiros tem outra versão. A corporação afirmou que foi chamada apenas por volta das R$ 19h15, ou seja, duas horas depois, mas para uma outra ocorrência, não relacionada com a morte por atropelamento. Segundo os bombeiros, tratava de uma ocorrência de trauma. Já durante o atendimento, a equipe foi informada pelos funcionários da Supervia de que havia um corpo na linha férrea, próximo ao local de atendimento à vítima de trauma. Um policial militar já estava no local aguardando perícia. A equipe dos Bombeiros, após constatar o óbito, deu seguimento ao atendimento de trauma para o qual foi acionada.
O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, afirmou disse que os responsáveis vão ser punidos.
“O centro de controle tem a visão de tudo que acontece no sistema, de que tem em cada trilho, e é ele que dá o comando ao maquinista. Se aquele trem estava irregularmente naquele trilho, alguma falha aconteceu. Nós precisamos entender quem deu a autorização pra que o trem prosseguisse, mesmo com o corpo na pista. Isso tudo será apurado pela agência independente, que já abriu uma investigação, e a nossa determinação é a punição rigorosa àqueles que causaram esse incidente, que é inaceitável, uma desumanidade, isso não pode ser tolerado”, afirmou Osório.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil afirmou que o incidente é uma "barbaridade", por tratar o corpo como algo descartável. A Agetransp - agência reguladora do serviço de transporte - e a Polícia Civil declararam que estão apurando o caso.
Fonte: Do G1 Rio
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