Beatriz Catta Preta foi responsável por firmar
nove dos 22 acordos de delação premiada
Beatriz Catta Preta foi responsável por firmar
nove dos 22 acordos de delação premiada
Foto: Fabio Rodriguez Pozzebom/ABr/CP
Responsável por firmar nove dos 22 acordos de
delação premiada realizados na Operação Lava Jato, a advogada Beatriz Catta
Preta relatou em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, ter deixado os
casos relacionados ao esquema de corrupção na Petrobras por ter sido alvo de
ameaças. De acordo com ela, decidiu abandonar a advocacia para garantir a
segurança da família e dos filhos. “Decidi encerrar minha carreira na
advocacia. Fechei o escritório”, confirmou a advogada, que relatou que as
ameaças vieram de “integrantes da CPI da Petrobras, dos que aprovaram” sua
convocação no início do mês.
Na semana passada, a criminalista anunciou que deixaria os casos ligados à Lava Jato, depois de vir à tona o depoimento em que o lobista Julio Camargo, então seu cliente, afirmou ter pago 5 milhões de dólares em propina para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Questionada, a advogada disse não poder afirmar que ameaças partiram do presidente da Câmara, entretanto.
Ela confirma que Camargo comentava com ela sobre a relação entre o peemedebista e o esquema na Petrobras e afirmou que os depoimentos estão “respaldados”. “Todos os depoimentos sempre vieram respaldados, com informações, dados, provas definitivas, nunca houve só o dizer por dizer”, afirmou.
Inicialmente, o lobista disse em delação premiada que não tinha conhecimento da participação de parlamentares no esquema. Em depoimento prestado no último dia 16, no entanto, Camargo foi categórico sobre o pagamento de valores a Cunha. O deputado nega as acusações. Beatriz Catta Preta informou que seu cliente não relatou a participação de Cunha no início por “receio”, mas a previsão de que o acordo de delação determina que o colaborador não pode mentir ou omitir informações levou o lobista “a assumir o risco, aquele risco que ele temia, e levar todos os fatos à Procuradoria-Geral da República”.
Ao Jornal Nacional, a advogada disse receber “ameaças veladas e um constrangimento incessante”. “Infelizmente pela questão de segurança e pela questão da proteção eu tomei essa decisão”, afirmou. Segundo ela, as ameaças não foram diretas.
Ela nega que tenha deixado o País para Miami ou fugir do Brasil, disse que estava apenas passando férias nos Estados Unidos. “Nunca cogitei sair do País”, assegurou. Beatriz Catta Preta afirmou ainda que é “absurdo” o valor de mais de R$ 20 milhões que dizem que ela teria recebido pelas delações da Lava Jato. “Não chega perto da metade disso”, afirmou. Segundo ela, todos os valores recebidos pelo escritório foram declarados. “A vida financeira do escritório e minha vida financeira são absolutamente corretas, nunca recebi um centavo fora do Brasil.”
Na semana passada, a criminalista anunciou que deixaria os casos ligados à Lava Jato, depois de vir à tona o depoimento em que o lobista Julio Camargo, então seu cliente, afirmou ter pago 5 milhões de dólares em propina para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Questionada, a advogada disse não poder afirmar que ameaças partiram do presidente da Câmara, entretanto.
Ela confirma que Camargo comentava com ela sobre a relação entre o peemedebista e o esquema na Petrobras e afirmou que os depoimentos estão “respaldados”. “Todos os depoimentos sempre vieram respaldados, com informações, dados, provas definitivas, nunca houve só o dizer por dizer”, afirmou.
Inicialmente, o lobista disse em delação premiada que não tinha conhecimento da participação de parlamentares no esquema. Em depoimento prestado no último dia 16, no entanto, Camargo foi categórico sobre o pagamento de valores a Cunha. O deputado nega as acusações. Beatriz Catta Preta informou que seu cliente não relatou a participação de Cunha no início por “receio”, mas a previsão de que o acordo de delação determina que o colaborador não pode mentir ou omitir informações levou o lobista “a assumir o risco, aquele risco que ele temia, e levar todos os fatos à Procuradoria-Geral da República”.
Ao Jornal Nacional, a advogada disse receber “ameaças veladas e um constrangimento incessante”. “Infelizmente pela questão de segurança e pela questão da proteção eu tomei essa decisão”, afirmou. Segundo ela, as ameaças não foram diretas.
Ela nega que tenha deixado o País para Miami ou fugir do Brasil, disse que estava apenas passando férias nos Estados Unidos. “Nunca cogitei sair do País”, assegurou. Beatriz Catta Preta afirmou ainda que é “absurdo” o valor de mais de R$ 20 milhões que dizem que ela teria recebido pelas delações da Lava Jato. “Não chega perto da metade disso”, afirmou. Segundo ela, todos os valores recebidos pelo escritório foram declarados. “A vida financeira do escritório e minha vida financeira são absolutamente corretas, nunca recebi um centavo fora do Brasil.”
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Correio do Povo
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