Thomás Silvestre realiza uma ampla pesquisa, resgatando
histórias e valorizando o futebol humaitense
O
futebol causa paixão, histórias, lembranças. O futebol do interior possui
características próprias, com ligações comunitárias, engajamento, união de
forças.
Buscando
resgatar memórias e reconstituir a história do futebol de seu município, o
estudante de jornalismo da Unijuí, Thomás Silvestre, um apaixonado pelo futebol
e pelas curiosidades e particularidades do futebol local, decidiu que seu
trabalho de conclusão de curso seria desenvolvido a partir de um projeto
experimental, com a formatação de um site, contendo reportagens, fotos e uma
série em vídeo, com as memórias do futebol amador de Humaitá.
Sentindo
a falta de fontes para consultar e estabelecer um projeto de pesquisa sobre o
futebol do município, Thomás decidiu protagonizar esse trabalho de busca,
organização, detalhamento e exposição da história desse esporte que é uma marca
característica do Brasil e que também deixou suas marcas entre a comunidade
humaitense. Surgiu então o site Camisa 10 – Craques da Comunidade.
“Se
não existem registros do passado, como relatar essas histórias? Por esses
motivos que resolvi começar pelas origens do futebol no município”, afirma
Thomás.
De
acordo com ele, a memória futebolística de Humaitá está praticamente toda na
memória de pessoas que vivenciaram a fundação das equipes. “É como montar um
quebra cabeças, você vai montando a história a partir dos relatos. Às vezes, é
preciso ouvir três, quatro ou até cinco pessoas para conseguir elucidar uma
história. Por isso também que apenas seis histórias de clubes foram contadas
nesses seis meses de produção inicial”.
Thomás
confirma que, apesar de apresentado e aprovado o projeto de TCC, a produção
continua. “Eu diria que talvez apenas um terço da história tenha sido contada,
existem muitas outras equipes para resgatar as histórias”, adianta.
O
trabalho prático é composto por um site (camisadez.net)
que agrega reportagens, fotos e uma série em vídeo que resgatam a história do
futebol amador em Humaitá. O curso de jornalismo da Unijuí oferece essa opção,
de que o estudante possa estar desenvolvendo um trabalho prático no TCC para
obtenção do diploma de jornalista. Nesse caso, além da prática é preciso
escrever um artigo científico refletindo algum aspecto jornalístico da
produção. “Escolhi aprofundar a reflexão sobre o processo de entrevistas, que
foi a tarefa mais árdua do trabalho”, destaca Thomás.
Para
dar seguimento ao trabalho, Thomás Silvestre buscou estabelecer contato com
pessoas ligadas aos clubes, indo até suas residências para coletar as
informações. As histórias dos clubes que foram contadas são do Juventude
Avante, União, Internacional, Grêmio Esportivo Humaitá, Olarias e Tamoio. O
Grêmio se tornou Associação Humaitá de Esportes. O Olarias não desenvolve mais
atividades no futebol e o Tamoio encerrou as atividades.
Uma
reportagem também tratou de como funcionava a arbitragem.
Depois
de um árduo trabalho no primeiro semestre de 2015, o novo jornalista descansa
um pouco para, em breve, poder retomar o trabalhando de entrevistas, visando
concluir o resgate histórico com as demais equipes existentes e as que já
fecharam as portas.
A
orientação do trabalho foi do professor Marcio Granez.
Saiba mais sobre o Projeto Camisa 10 – Craques da Comunidade
O
Projeto Experimental “Camisa 10 – Craques da Comunidade” objetiva resgatar
histórias do futebol amador no município de Humaitá-RS. As histórias dos clubes
locais são recontadas por meio de reportagens divulgadas no site www.camisadez.net. A
intenção é praticar um jornalismo esportivo investigativo.
O
“Camisa 10” surge como uma alternativa na produção de conteúdo esportivo. O
baixo custo de implantação e a capacidade de abranger um grande público foram
os motivos que levaram este projeto a ser desenvolvido para a internet. Além
das reportagens em texto, o camisadez.net ainda
conta com materiais em foto e vídeo.
A
proposta foi colocada em prática na última semana de fevereiro de 2015, logo
que o semestre letivo iniciou. As primeiras medidas foram de ordem técnica. Até
o final da segunda semana foi escolhido o modelo de site utilizado e definido o
nome do projeto. O título “Camisa 10” leva em conta o protagonismo que os
jogadores que vestem esse número ostentam. O subtítulo “Craques da Comunidade”
revela a intenção de destacar os valores locais.
No
mês de março, teve início a etapa de seleção das fontes e realização de
entrevistas em profundidade. O método se mostrou fundamental para a realização
do trabalho, tendo em vista a dificuldade em localizar arquivos bibliográficos
ou registros históricos. A tradição oral predominou no recorte de indivíduos
investigados.
Os
meses de março e abril foram dedicados integralmente ao processo de localização
das fontes e deslocamento até suas respectivas residências a fim de promover as
entrevistas. A partir do relato de cada entrevistado, novos personagens eram
conhecidos. A seleção de novas fontes foi sendo requisitada na medida em que se
faziam necessários mais elementos para elucidar os fatos. Um encadeamento de
entrevistados se formou e diferentes perfis de pessoas foram consultados.
Entre
o início de maio e primeira quinzena de junho, o trabalho entrou na fase de
edição e finalização do material coletado. As entrevistas, em sua maioria,
foram realizadas com o recurso de um gravador de áudio. Um “script” básico
pontuou alguns temas a serem lembrados durante o diálogo. As perguntas surgiam
no decorrer da conversa. O ambiente escolhido foi de acordo com a comodidade
das fontes.
Na
maioria dos casos, o local do encontro foi na própria residência dos
entrevistados, em horário noturno. Após a entrevista, o passo seguinte para
cada reportagem foi transcrever os áudios coletados. A última quinzena do mês
de junho foi reservada para publicação das reportagens e materiais
complementares no site camisadez.net.
A
comunidade de Humaitá e os amantes do futebol regional possuem agora um espaço
novo para poder acompanhar e relembrar. Um ponto de encontro com as memórias do
futebol. Um esporte sempre arrebatador e envolvente.
Thomás
Silvestre tem 22 anos, trabalha na Rádio Alto Uruguai AM, em Humaitá, e cola
grau em jornalismo neste próximo mês de agosto.
ACOMPANHE O TRABALHO REALIZADO, ACESSANDO O SITE: www.camisadez.net
Fonte: Rádio Alto Uruguai
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