Falecimento de
Uilian da Silva Vieira, 27 anos, era mantido em sigilo. Ele foi sepultado dia
17 de junho, em cerimônia reservada no Cemitério São José
por A
Razão em 29/07/2015 20:35
Um dos
sobreviventes do incêndio da Boate Kiss morreu há pouco mais de um mês, em
Santa Maria. A morte de Uilian da Silva Vieira, 27 anos, estava sendo mantida
em sigilo. O jovem foi velado no Cemitério Santa Rita de Cássia em 17 de junho
e sepultado no Cemitério São José. A confirmação do óbito foi obtida pelo
jornal A Razão com Flávio da Silva, uma das lideranças do Movimento do Luto à
Luta e pai de uma das 242 vítimas da tragédia. Uilian morava no Bairro São
José, na Zona Leste da cidade, seria mecânico e teria ajudado a salvar outras
vítimas do fogo.
Flávio
conta ter ficado sabendo do óbito por meio família de Uilian, que teriam
procurado lideranças da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da
Tragédia de Santa Maria (AVTSM) e de outras entidades ligadas à tragédia.
Flávio discorda do silêncio mantido em torno da morte do jovem, ocorrida dois
anos e meio após a tragédia.
“Entendo
que não tem por que esconder”, diz Flávio da Silva. A Razão apurou que o
sobrevivente foi internado após sentir forte dor abdominal. Internado no
Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), o jovem teria sofrido uma parada
cardíaca e morreu. Uilian da Silva Vieira não estaria mais realizando o
tratamento. Em princípio, a morte não teria ocorrido como consequência direta
do incêndio, segundo informações das autoridades de saúde.
O
incêndio provocado após um show pirotécnico da Banda Gurizada Fandangueira
deixou um saldo de 242 mortos. A última vítima fatal, segundo dados oficiais,
foi Mariane Wallau Vielmo, um jovem de 25 anos natural de Santiago. Ela estava
internada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre desde 27 de janeiro de 2013 e
morreu em maio do mesmo.
Estado
tentará agilizar pedidos remédios para as vítimas da boate
Menos
burocracia para quem já perdeu tanto. Para tentar amenizar um pouco o
sofrimento dos sobreviventes e familiares das vítimas na Boate Kiss, a 4ª
Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) irá concentrar esforços para que os
processos administrativos de solicitação de remédios que estejam relacionados à
tragédia do dia 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria. Essa foi uma das
resoluções da reunião do Grupo Gestor do Cuidado às Vítimas da Kiss, realizada
ontem à tarde e que durou mais de duas horas na sede administrativa da 4ª CRS,
junto à Fadisma.
De
acordo com a coordenadora regional de Saúde, Lenir Pires da Rosa, a
preocupação, além de tentar disponibilizar de maneira mais rápida aqueles
medicamentos que o Estado possui, já que alguns estão em falta, a preocupação é
fazer um acompanhamento mais de perto dos pacientes da Kiss. Para isso, o banco
de dados dos sobreviventes será unificado e disponibilizado online, para ser
acessado por aqueles que não moram em Santa Maria. Outra medida importante
consiste na criação de um serviço de ouvidoria, para que pacientes que,
eventualmente, não estejam sendo atendidos possam se manifestar.
“Vamos
criar e aprimorar os mecanismos que temos, mas sempre entendendo que existem
algumas pessoas que preferem não se identificar como sobreviventes da tragédia
na Boate Kiss”, destaca a responsável pela 4ª CRS.
Fonte:
Jornal A RAZÃO
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