Pedido foi feito pelo delegado que reinvestiga
o caso/Foto: Reprodução
Uma nova perícia
grafotécnica, desta vez pelo Instituto-Geral de Perícias, solicitada nesta
semana pelo delegado Marcelo Mendes Lech, deverá apontar se a carta de suicídio
foi mesmo escrita por Odilaine Uglione, mãe de Bernardo Boldrini, antes de
morrer.
A carta foi achada com
outros objetos na bolsa da mãe do menino dentro da clínica do então marido, o
médico Leandro Boldrini, onde ela foi encontrada morta em fevereiro de 2010, em
Três Passos. O documento passou por duas perícias particulares que atribuíram a
escrita à secretária do médico, Andressa Wagner.
Conforme parecer do
Ministério Público que solicita o desarquivamento do caso, “as perícias
particulares recentemente produzidas precisam ser confrontadas, especialmente,
no que diz respeito aos seguintes aspectos: conclusão de que foi a secretária
Andressa Wagner quem confeccionou a carta; e conclusão de que havia terceira
pessoa na sala de atendimento no momento do fato.”
Ainda conforme o
parecer, “para o fim de confrontação da conclusão no sentido de que foi
terceira pessoa quem confeccionou a carta suicida, mais especificamente no
sentido de que foi a Secretária Andressa Wagner quem a escreveu, impõe-se a
realização de perícia grafodocumentoscópica no referido documento, pelo Setor
de Documentoscopia do Instituto Geral de Perícias.”
Para o Ministério
Público, "ao atribuir a confecção da carta à Secretária Andressa Wagner,
dando a entender que isso foi feito como forma de despistar as autoridades,
para o fim de que não se cogitasse a ocorrência de homicídio, o perito
particular, em verdade, está imputando a ela a participação, de algum modo, no
delito de homicídio. Por essa razão, a então Secretária registrou ocorrência na
qualidade de vítima do delito de calúnia, o que deu ensejo à instauração do
Inquérito Policial. Então, a perícia na “carta suicida” tornou-se imperiosa até
mesmo em razão desse novo expediente policial instaurado, tanto é que a
autoridade policial representou pelo desentranhamento da carta para fim de
submetê-la à perícia nos autos do referido Inquérito Policial."
Reaberto oficialmente em
21 de maio, o inquérito que reinvestiga a morte da mãe de Bernardo foi
prorrogado por mais 30 dias e poderá ser prorrogado novamente se for
necessário, segundo o delegado responsável pelas investigações. Além da perícia
da carta e dos depoimentos das testemunhas, a reconstituição do crime também
deverá ajudar a polícia a concluir se Odilaine Uglione cometeu suicídio ou foi
assassinada.
Fonte:
Três Passos News
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