Homem foi internado depois de
procurar atendimento cardiológico.
Animal é
alimentado por funcionários e ganhou apelido de 'Barãozinho'.
Cachorro na porta de
hospital em Ceilândia à espera do dono, que está internado há três semanas
(Foto: Isabella Formiga/G1)
Um cachorro aguarda há
três semanas na porta do centro médico do Hospital São Francisco, em Ceilândia, no Distrito Federal, a saída do dono, que foi internado após procurar
atendimento cardiológico. Vigias, recepcionistas e demais funcionários se
revezam para alimentar o bicho, que escolheu um canto na lateral da emergência
da unidade para passar as noites.
A
recepcionista Rita Raimundo diz que o homem estava internado na UTI, mas que
havia sido transferido para um leito comum nos últimos dias. Ela apelidou o
animal de “Barãozinho” e brinca que ele é o segurança do hospital.
“Quando
esse cachorro apareceu aqui, achei que era um cachorro comum, como a gente
sempre encontra [...]. Comecei a dar comida ao cachorro. Mas tinha dia que eu
chegava e ele estava todo desesperado querendo entrar no hospital. Então
perguntei para o colega que trabalha aqui e ele falou: ‘O dono está aqui,
internado".
A brigadista Fátima
Andrade disse que o cachorro tentou entrar várias vezes no hospital antes de os
funcionários saberem que ele era de um paciente internado.
“As meninas avisaram que tinha um moço que estava internado e tinha um cachorro que tinha chegado no mesmo dia em que ele chegou. O cachorro agoniado querendo entrar, querendo entrar, daí os meninos viram que eram dele, desse paciente”, afirmou.
Funcionários relatam que o cachorro circula durante o dia pelo estacionamento e dorme em frente ao pronto-socorro. A recepcionista Rita Raimundo diz que separa metade do almoço dela para dar ao cachorro e afirma que diversas pessoas já se interessaram em adotá-lo, mas que ela sempre avisa que o dono está no hospital. "Tem um monte de gente querendo levar, a gente é que não deixa."
“As meninas avisaram que tinha um moço que estava internado e tinha um cachorro que tinha chegado no mesmo dia em que ele chegou. O cachorro agoniado querendo entrar, querendo entrar, daí os meninos viram que eram dele, desse paciente”, afirmou.
Funcionários relatam que o cachorro circula durante o dia pelo estacionamento e dorme em frente ao pronto-socorro. A recepcionista Rita Raimundo diz que separa metade do almoço dela para dar ao cachorro e afirma que diversas pessoas já se interessaram em adotá-lo, mas que ela sempre avisa que o dono está no hospital. "Tem um monte de gente querendo levar, a gente é que não deixa."
A moradora de Ceilândia
Solange Noronha disse que viu o animal quando foi levar a filha ao ortopedista.
"Conversando com o pessoal do hospital, me disseram que ele está lá há
quase um mês. Dizem que estão olhando ele, mas só olhando mesmo, porque o bichinho
está numa situação... Todo mundo que passa, ele olha para o rosto."
Cachorro em frente à entrada
da emergência do hospital
(Foto: Isabella Formiga/G1)
(Foto: Isabella Formiga/G1)
Teorias
A
aparição do cachorro levantou outras teorias sobre a origem do animal. O vigia
de carros Ramires César disse acreditar que o cachorro se perdeu. "Ele
está sempre por aqui. Fica só andando para lá e para cá. A menina fica varrendo
e ele fica atrás dela. Fica cheirando as pessoas. Acho que meio que se perdeu.
Ele não late, não faz nada. Não chega perto das pessoas", diz.
"Se fosse de um paciente, algum parente teria visto ele aí, algum acompanhante", disse outro vigia que não quis se identificar. "O pessoal dá comida para ele, mas ele é todo desconfiado. Às vezes é cachorro de rua."
"Se fosse de um paciente, algum parente teria visto ele aí, algum acompanhante", disse outro vigia que não quis se identificar. "O pessoal dá comida para ele, mas ele é todo desconfiado. Às vezes é cachorro de rua."
A
brigadista Fátima Andrade discorda do vigia. “Geralmente cachorro sai, chega
outro, sai, mas não fica aqui, não permanece aqui. Tem cachorro que chega, fica
procurando comida, mas ele não. Ele está sempre no cantinho dele aqui.
Esperando.”
Isabella
Formiga
Do G1 DF
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