quarta-feira, 10 de junho de 2015

PDT troca líder para evitar crise na sigla

Basegio deixa cargo para "preservar colegas de bancada" após denúncias

Loureiro assume liderança da sigla | Foto: Mariana Carlesso / AL / CP
   Loureiro assume liderança da sigla | Foto: Mariana Carlesso / AL / CP

O deputado Diógenes Basegio (PDT) divulgou nota nessa terça para comunicar seu afastamento da liderança da bancada. O parlamentar abriu mão do cargo por 36 dias e comunicou os colegas da decisão através de um ofício. No documento, Basegio explica que o afastamento foi adotado “tendo em vista os últimos acontecimentos divulgados”. Basegio é acusado por seu ex-chefe de Gabinete Neuromar Gatto de cobrar a devolução de parte dos salários de servidores lotados em seu gabinete, de possuir funcionários fantasmas e determinar a adulteração da quilometragem de veículos para justificar gastos com combustível. 

Nas novas denúncias apresentadas ontem, Basegio teria acertado trocar a indicação de dois cargos na Prefeitura de Porto Alegre por um cargo em seu gabinete para a primeira-dama Regina Becker (PDT). No período, Regina ainda não era deputada.

O deputado Diógenes Basegio argumenta que se afastará do exercício da liderança da bancada para preservar os colegas de bancada. Durante esse período o vice-líder deputado Eduardo Loureiro (PDT) assume a liderança.

Conforme o presidente da Comissão de Ética, deputado Juliano Roso (PCdoB), uma representação contra Basegio poderá levar ao Plenário a responsabilidade de decidir sobre a cassação do parlamentar. Questionado sobre sua posição em relação ao deputado Basegio, Roso reconheceu ser adversário político do colega parlamentar, pois ambos têm base eleitoral constituída em Passo Fundo. Contudo, Roso garantiu estar apto a conduzir o processo de forma isenta.

Caberá ao corregedor da Comissão de Ética da Assembleia, Marlon Santos (PDT), preparar uma representação que será avaliada por subcomissão. Além de ser do mesmo partido que Basegio, Marlon é acusado de supostamente recolher parte dos salários de cargos de confiança de seus funcionários. O processo ainda tramita no Tribunal de Justiça. Marlon afirmou nessa terça-feira que não se vê impedido já que não é corregedor do partido “mas da Assembleia Legislativa”. O deputado tem até o dia 1º de julho para apresentar a representação.


Fonte: Correio do Povo

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