Hemocentro de Cruz Alta fecha e deixa de atender treze municípios
Gastos na instituição chegam a R$ 170 mil por mês
A crise
financeira agrava a situação da saúde no Rio Grande do Sul. Em Cruz Alta, o
hemocentro que atendia 13 municípios fechou as portas. A prefeitura, que
administra o local desde que começou a funcionar, há 10 anos, diz não ter como
bancar as despesas que chegam a R$ 170 mil por mês.
"Com
todas as obrigações que tem em cima do município e as omissões do governo do
Estado, não nos resta outra alternativa a não ser devolver o serviço ao governo
do Estado", disse o prefeito de Cruz Alta, Juliano da Silva.
A Fundação
Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), responsável pelos hemocentros
do estado, solicitou uma reunião com a prefeitura e o Ministério Público (MP)
para tratar do assunto. "Agora com as dificuldades da prefeitura, nós
fizemos uma proposta ao prefeito. O Estado, a FEPPS, vai ressarcir toda a folha
de pessoal, nós vamos pagar combustível, telefone, luz e água, e os
funcionários continuam dentro do hemocentro.
Intempestivamente,
ontem o prefeito resolveu fechar. Nós agora ficamos sem alternativa ", diz
a diretora da fundação, Neusa Kempfer.
A coleta de
sangue no hemocentro já parou. Ainda há algum movimento no local, devido ao
repasse do estoque a hospitais da região. Com o fechamento da unidade, os
municípios próximos a Cruz Alta terão de buscar sangue outros centros.
"Num
eventual caso de uma necessidade mais específica de um grande volume de sangue,
pode ser que a gente venha a ter uma dificuldade em termos de tempo de
aquisição deste sangue até trazer para os hospitais daqui", disse o
diretor administrativo do hospital da cidade, Fernando Pedroso.
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