Caso foi desarquivado em maio/Foto: Arquivo
Pessoal/Reprodução
O Ministério Público de
Três Passos solicitou, em razão da contradição em seus depoimentos, a acareação
entre as testemunhas Rogério Luís da Silva e Arnaldo Hergssel, o “Boca”, sobre
a morte de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo Boldrini. As informações são do
Grupo Bandeirantes.
A reabertura das
investigações sobre a morte da mãe do menino foi pedida pelo Ministério Público
depois que o IGP atestou que a carta de suicídio supostamente atribuída à
Odilaine foi forjada, o que fez com que o inquérito fosse reaberto. O inquérito
policial é conduzido por um novo delegado, Marcelo Mendes Lech, da Delegacia de
Polícia de Santa Rosa.
Ainda por solicitação do
MP, deverão ser ouvidas mais seis pessoas que estavam no consultório na data da
morte de Odilaine: Olira Wantz, Atalíbio Schwabe e um dos filhos de Elemar
Roque Follman. O sargento Silveira, o soldado Gomes e o tenente Mauro, que
ajudaram no socorro da vítima, no que diz respeito à localização do corpo e da
arma de fogo, também deverão ser ouvidos.
Na bolsa de Odilaine,
foram encontrados vários objetos que, de acordo com a defesa da família, foram
colocados no seu interior, entre eles, uma carta. A ex-secretária Andressa
Wagner é apontada por duas perícias particulares de ser a pessoa que escreveu a
suposta carta de suicídio atribuída à Odilaine. Andressa nega ter escrito o
documento.
Entenda o Caso Odilaine
Conforme a polícia,
Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo,
Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010, em Três Passos. No inquérito
policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à
clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do
médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de
Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala
de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da
pensão a ser paga após o processo de separação do casal.
Já a defesa da família
Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo,
entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no
crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior
da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da
vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta
fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto,
que configuraria um fato novo.
Entenda o Caso Bernardo
Bernardo Uglione
Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Dez dias
depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen,
dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Foram presos o
médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa,
identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia,
também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram
indiciados e deverão ir a julgamento.
Fonte:
Três Passos News
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