Fotos: Simone L Dahlem- Jornal Folha Cidade
O dia 19 de junho passou
a ser um dia triste para os pais e amigos de Bibiana Canova Zart. A última vez
que eles passariam juntos o aniversário dela seria em 2013. Meio ano adiante,
dia 6 de dezembro, a jovem seria covardemente assassinada, no momento em que
chegava dirigindo o próprio carro na casa onde morava com os pais.
Os pais da jovem estavam
nesta tarde de sexta-feira (19) junto com amigos e familiares, portavam faixas
e cartazes e afixaram um na frente do Fórum. Na Praça Central da cidade ao som
de músicas preferidas de Bibi (como era chamada em casa) soltaram balões com
fotos dela. O protesto silencioso e pacífico mais uma vez pediu a celeridade
das investigações e a punição aos culpados.
O CASO
Houve muita complexidade
no trabalho investigativo, pois para a Polícia Civil não há dúvidas de quem
planejou matar Bibiana planejou muito bem, e a conclusão do inquérito demorou
mais de um ano. A investigação policial chegou a uma explicação para o desfecho
daquela fatídica madrugada: Uma execução arquitetada por motivação passional e
econômica.
Dois homens, um deles,
casado e residente no mesmo município da jovem, seu amigo desde a infância,
empresário bem sucedido, teria sido o mandante. De uma família tradicional ele
teria tido um relacionamento com a jovem, que era solteira. Um corretor de
valores, com relações profissionais com o empresário mandante, residente em
Giruá teria participação no crime, além de uma mulher, cartomante, residente em
Três de Maio. Os três foram denunciados por homicídio qualificado cuja pena
varia de 12 a 30 anos de reclusão.
PROCESSADOS
No processo que corre
sem o segredo de justiça e está com o Ministério Público, a Polícia Civil pediu
ao Judiciário as prisões de Norberto Ulmann Filho, Nadir da Rosa Koscrevic e
Nolar Kruel Neto.
O advogado Marcus
Vinicius Boschi, que defende Norberto Ulmann Filho, destacou a imprensa nos
últimos meses que a ligação do nome de seu cliente a este fato é absolutamente
descabida, e o jurista repudia o que chama de ilação nesse sentido. Para a
defesa, as conclusões da autoridade policial são precipitadas, porque não são
conhecidas nem a identidade nem o paradeiro dos verdadeiros autores do crime.
Dois homens em uma moto teriam esperado a vítima chegar em casa quando atiraram
nela. Boschi diz que seu cliente sempre esteve e está à disposição da Justiça
para prestar esclarecimentos.
A Delegada de Polícia de
Horizontina que chefiou as investigações disse estar convicta da participação
destas três pessoas no crime. A equipe de investigação coordenada por Beatrice
Didier colheu provas testemunhais e escutas telefônicas que comprovam a
participação dos indiciados num inquérito que durou 12 meses e tem 8 mil
páginas. O processo criminal pode ter sua movimentação conferida no site do
Tribunal de Justiça do RS, sob o número: 104/2.15.0000130-0, e não tramita em
segredo de justiça.
FONTE:
TJ RS/Policia Civil 
FOLHA
CIDADE
 
 
 
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